Atualizada às 21h09
Em pouco mais de um ano, o Governo de Pernambuco já gastou perto de R$ 1,5 bilhão com as despesas da covid-19, segundo dados do Portal da Transparência, que mede as despesas de março do ano passado até este mês de abril. Nesse período, ocorreram 5.529 contratações de profissionais de saúde. Apenas com recursos que vieram da União, foram gastos R$ 982 milhões em 2020.
No ano passado, o Estado aumentou suas despesas com saúde em R$ 1,3 bilhão, e reduziu os gastos nas demais funções em R$ 242,6 milhões. Este ano, entretanto, não há registro de transferência federal específica para a covid-19, embora Pernambuco indique que recebeu recursos de convênios.
- Pernambuco recebeu parte dos R$ 78 bilhões que União entregou aos estados para gastos com a covid-19
Segundo o Portal da Transparência, no ano passado, Pernambuco gastou R$ 982,3 milhões de recursos recebidos da União.
Quando se observam as maiores despesas, pode-se saber que os serviços de saúde contratados a terceiros (Organizações Sociais) chegaram a R$ 370,6 milhões, representando 37,7% dessa despesa.
Os serviços de saúde feitos diretamente (Gestão Estadual) somaram R$ 247,3 milhões, representando 25,2% do total, e as despesas com a construção, ampliação e equipagem de unidades de saúde chegaram a R$ 108,4 milhões, responsáveis por 11,0% do total.
As demais despesas foram com o Cartão de Alimentação Escolar - para alunos da rede pública de ensino - (somaram R$ 81,7 milhões); Auxílio Financeiro para Cultura (Lei Federal Nº 14.017/2020), R$ 68,0 milhões; Transferências a municípios, R$ 34,4 milhões; Publicidade, R$ 22,1 milhões; e Concessão de Cestas Básicas para Famílias em Situação de Vulnerabilidade, com R$ 13,5 milhões.
Ocorreram ainda despesas com gastos com Logística de Importação de Equipamentos e Insumos Médicos, R$ 11,8 milhões; Equipagem da rede escolar com materiais de proteção (cubas, pias e EPIs), R$ 8,5 milhões; Policiamento, R$ 4,4 milhões; Ações de Apoio à População em Situação de Rua e Pessoas que Usam Drogas, R$ 2,4 milhões; e outras despesas menores, que somaram R$ 9,2 milhões, chegando-se ao total de R$ 982,3 milhões.
Quando se observa o valor de R$ 1,3 bilhão gasto no ano passado, podemos ver que R$ 220 milhões foram para pagar pessoal, R$ 80,7 milhões para pagar a compra de alimentação pagos a empresa de cartões de refeição Alelo S.A. e mais R$ 134 milhões pagos ao IMIP em dois contratos de prestação de serviços. Há ainda R$ 46,6 milhões pagos à empresa Global Internacional Group LLC, que cuidou das importações de insumos para o Estado.
Este ano, em quatro meses (o Portal da Transparência atualiza os dados diariamente), pode-se observar que as despesas já chegaram a R$ 661 milhões empenhados, dos quais R$ 327 milhões pagos.
As maiores despesas foram para os dois contratos com o IMIP, no total de R$ 47,9 milhões, e mais R$ 26,4 milhões em dois contratos ao Hospital Tricentenário.
Um detalhe importante é que, em 2021, não há valores decorrentes que foram custeados com o auxílio financeiro da União instituído pelo Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus SARS-CoV-2 (Covid-19). Ou seja, o dinheiro até agora vem de convênios ou do Tesouro do Estado, com R$ 132 milhões da administração direta do Estado.
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