Acredite. A inflação está alta para cachorro. E comida de gato já pesa no bolso das famílias. Num país com 14 milhões de desempregados, mais de 22 milhões de famílias sem garantia de ao menos uma refeição por dia (10% da população) falar da inflação da comida dos animais de estimação pode parecer um despropósito. Mas ela existe, está na conta da inflação geral do IPCA (o cálculo oficial da inflação no Brasil).
E segundo o IBGE, que faz a aferição este ano, os preços dos alimentos para pets subiram 13,57% (15,-3% na RMR do Recife) e chegaram a 15,81% em 12 meses. No ano, os preços dos tratamentos médicos já subiram (nacionalmente) em 3,82% e os serviços de higiene 4,49%. O fato é que a pandemia do coronavírus influenciou negativamente a indústria de produtos para animais de estimação.
Um dos principais motivos é a alta dos preços médios de matérias-primas. Para as companhias que produzem o chamado “Pet food”, por exemplo, a alta foi de mais de 40%, no primeiro trimestre deste ano.
Ingredientes básicos como as farinhas de carne e de vísceras, arroz, soja, trigo, óleo de frango etc. Já itens como milho tiveram aumento superior a 50%. Proteínas de origem animal atingiram mais de 160% de aumento.
Dessa forma, a despeito do faturamento estimado em R$ 31,8 bilhões, crescimento de 17,8% em relação a 2020, o balanço geral é de que o segmento industrial tem sofrido prejuízos, mesmo levando em conta a produção de outros itens, como medicamentos e acessórios para animais de estimação.
PETFOOD SOFRE COM INFLAÇÃO
A Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) revela que o alimento completo industrializado (pet food) representa 76% da receita (R$ 24,3 bilhões); produtos veterinários (pet vet), 17% (R$ 5,3 bilhões) e produtos de higiene e bem-estar animal (pet care), 7% ou R$ 2,2 bilhões.
A Abinpet representa uma indústria que congrega os segmentos pet food (alimento e ingredientes), pet vet (medicamentos veterinários) e pet care (equipamentos, acessórios e produtos para higiene e beleza).
Os dados não levam em conta as movimentações de serviços gerais, serviços veterinários e venda de animais.
Isoladamente, as projeções indicam que o faturamento de pet food crescerá 19,8% entre as demais indústrias do setor. Mas a defasagem é de cerca de 20% em relação aos gastos da indústria, de acordo com a Abinpet, ou seja, o saldo para os fabricantes de alimento é negativo.
Mesmo com o aumento previsto de 7,5% na produção em 2021, chegando a 3,41 milhões de toneladas, os custos pressionam muito o setor. Em 2020 o número foi de 3,17 milhões de toneladas, crescimento de 11% em relação ao ano anterior.
A Associação é referência técnica para o setor e publica há dez anos o Manual Pet Food Brasil, adotado pelas principais fabricantes de alimento, como guia de boas práticas.
Todos os produtos da indústria de alimentos e medicamentos veterinários são fiscalizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), na Secretaria de Defesa Agropecuária (DIPOA e Vigiagro).
O mercado Pet já tem várias entidades que atuam no Brasil. O Instituto Pet Brasil (IPB) nasceu em 2013 para estimular o desenvolvimento do setor Pet, composto pelos pilares criação, produtos e serviços para animais de estimação.
NORDESTE BOM PARA CACHORRO
Segundo um levantamento da entidade os estados da região Nordeste concentram aproximadamente 20% de todo o consumo pet do Brasil. O total representa cerca de R$ 8 bilhões dos R$ 40 bilhões projetados como faturamento do setor pet este ano.
Os dados atualizados do Instituto Pet Brasil informam que essa é a segunda região em faturamento no quadro nacional, atrás somente da região Sudeste, que representa quase 50% da receita. Seguem, na ordem, Sul (17%), Centro-Oeste (8%) e Norte (5%).
De acordo com o IPB, outra curiosidade é o Maranhão. Ao contrário da maioria do país, no estado os gatos são mais numerosos do que os cães: são 1,3 milhão de felinos e 700 mil cães.
Em relação ao market share de cada segmento, pet food representa 50% das vendas, seguido por venda de animais direto dos criadores (12,1%), pet vet (11,8%), serviços gerais (10,4%), serviços veterinários (10,3%) e pet care (5,6%).
Em relação às entidades que abrigam animais abandonados, os nove estados da região possuem 70 ONGs que dão auxílio a cerca de 31 mil animais em condição de vulnerabilidade.
Cremação de pets
AQUI JAZ LULU
O Vila Pet, primeiro crematório especializado para animais de Pernambuco, um produto Morada da Paz, lançado no final de 2019, anuncia ao mercado a ampliação do serviço. Agora passa a oferecê-lo também para uso preventivo. Até então era apenas para a necessidade imediata.
Para uso preventivo, o valor da cremação é de R$ 850,00, dividido em até 12 vezes sem juros, no cartão ou boleto. Já para uso imediato, o valor é de R$ 1.200,00, também podendo ser parcelado.
A Multilaser, uma das maiores fabricantes de produtos de consumo do varejo brasileiro, vastamente conhecida pelos seus produtos eletrônicos, adentra o mercado pet já iniciando com a aquisição da Expet, marca referência em tapetes higiênicos para pets há mais de 10 anos .
Um exemplo disso é comedouro eletrônico com câmera integrada a um app, que traduz o pensamento de sempre ter equipamentos que agreguem valor e aproximem ainda mais os donos de seus pets. Ao todo são mais de 120 itens que vão de tapetes higiênicos ultrafinos, diferentes tipos de brinquedos para cachorros e gatos, até guias retráteis com freio ABS.
Inicialmente a marca irá atender cachorros e gatos, mas futuramente já mira no desenvolvimento de itens voltados para outros animais domésticos. A intenção da Multilaser é se tornar a marca nº1 de acessórios para pets no Brasil.
A Expet foi fundada em 2011 está entre as maiores fabricantes nacionais de tapetes higiênicos e trabalha atualmente com o objetivo de se tornar a número um. Presente em mais de 2.000 PDV’s e com planta de fábrica de 2.600m², os produtos da marca são conhecidos, principalmente, pela qualidade, já que a maior preocupação da empresa é cumprir com as expectativas do cliente.