O Grupo Moura, líder de mercado no segmento de baterias na América do Sul, está aplicando R$ 50 milhões na Lucree, uma fintech de apenas quatro anos de atividade, para ela expandir sua penetração, ganhar escala lançar novos produtos no mercado de crédito e explorar a força de venda em novos ecossistemas para pequenas e médias empresas.
A empresa desenvolve solução customizada em financiamento no segmento de revenda de automóveis trabalhando num segmento que em que 70% das compras de automóvel são financiadas, porém, 60% das propostas de financiamento sejam negadas pelos bancos.
Em quatro anos a startup, que tem origem em São Paulo já movimenta um volume financeiro de R$ 1 bilhão/ano, com fluxo de caixa positivo, boa avaliação dos clientes (NPS de 76 pontos, muito acima do mercado de serviços financeiros).
O aporte do Grupo Moura é para que chegue à uma movimentação de R$ 5 bilhões em transações/ano nos próximos 3 anos, quintuplicando o volume atual.
A Lucree identificou que boa parte dos consumidores está disposta a pagar com cartões de crédito, o que reduz o risco para a revenda. Passou a parcelar diretamente, o que resultou em um crescimento significativo dos seus clientes. A sua proposta é resolver as dores de ecossistemas especificos, com necessidades particulares.
A companhia pretende ampliar sua atuação na forma como o negócio é feito e entrega uma solução customizada. Um exemplo é sua atuação no segmento de revenda de automóveis. No Brasil, 70% das compras de automóvel são financiadas, porém, 60% das propostas de financiamento são negadas.
A startup identificou que boa parte dos consumidores está disposta a pagar com cartões de crédito, o que reduz o risco para a revenda. Passou a parcelar diretamente, o que resultou em um crescimento significativo dos seus clientes.
O modelo, que vem sendo replicado para outros segmentos, surgiu da ideia dos três sócios –Fernando Perrelli, Francisco Sá e Eduardo França –de focar em uma solução que não fosse “one size fits all”, ou seja, com produtos e serviços de “prateleira”. A proposta é resolver as dores de ecossistemas especificos, com necessidades particulares.
Segundo Eduardo França, por vezes, os custos financeiros superam o lucro das PMEs. A atuação da Lucre muda essa lógica. Em vez de vender um meio de pagamento, entregamos uma solução para viabilizar aoperação financeira entre as partes interessadas”
O Grupo Moura e a startup criaram uma Joint Venture há 2 anos, a Propig, que opera no ecossistena de revendas Moura com objetivo de fortalecer a rede de varejistas do ecossistema Moura, que tem mais de 50 mil revendedores, proporcionando as melhores soluções financeiras e meios de pagamento através da integração de toda a cadeia, sem intermediação bancária e, principalmente, sem burocracia.
A Lucree seguirá com autonomia no negócio, ea Moura participará da Governança, compartilhando tarefas no Conselho de Administração, no intuito de suportar a startup no que se for necessário, somando competências e experiências visando resultado e sucesso.
Ainda segundo Eduardo França a startup mapeou mais 20 setores em potencial e, aliados ao Grupo Moura, que já comprovou a eficiência da estratégia. “Aceleraremos nossos planos e assaremos a atuar de forma ainda mais intensiva no varejo, na velocidade com que as transformações acontecem no setor financeiro”, afirma.
Para Tiago Tasso, CFO do Grupo Moura a solução encopntrara com a Lucre permitiu montar uma joint venture para atender a nossa rede de distribuição com o objetivo de aumentar as vendas dos nossos clientes, reduzir o custo financeiro e a inadimplência em toda cadeia”, afirma
Na visão do Grupo Moura, a Lucree compreendeu desde o início a complexidade do mercado brasileiro e a necessidade de atender a particularidade de cada segmento. Ao contornar as famosas “soluções de prateleira”, idealizou um modelo taylormade de suas soluções, entregando um diferencial que torna o apoio a PMEs e cadeias de valor muito mais eficaz.
Hoje, a Lucree possui cerca de 60 funcionários diretos e uma força de vendas de 160 agentes de campo. A empresa atua em 8 segmentos de mercado – como lojas de automóveis e oficinas mecânicas, materiais de construção, consultórios, clínicas, hospitais e escritórios de advocacia.
Eduardo França foi executivo da ABInbev, chegando ao cargo de VP Global para Key Accounts; Perrelli foi diretor executivo na Bradesco Financiamentos; Sá teve passagem pela Ambev e foi diretor para América Latina da Kraft Heinz.
Entre os setores de interesse na nova fase, a empresa almeja continuar crescendo no ramo automotivo, segmento que movimenta R$ 50 bilhões, e chegar a franquias e profissionais liberais, entre outros mercados com um ecossistema de PMEs.