Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

JC Negócios

Por Fernando Castilho
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Coluna JC Negócios

Novo contrato da Termopernambuco faz dela o melhor negócio do grupo espanhol Neoenergia no Brasil

Empresa assegurou no leilão da Aneel receita fixa de potência de R$ 207 milhões por ano durante 15 anos

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Fernando Castilho

Publicado em 22/12/2021 às 16:30 | Atualizado em 22/12/2021 às 16:34
Neonergia irá disputar em abril leilão de geração a gás e pode rever até mesmo contrato com a Copergás - Foto: Renato Spencer/Acervo JC Imagem

A Termopernambuco (Neoenergia) venceu o Leilão de Reserva da Capacidade da Aneel para fornecer 498 MegaWatts (MW) ao preço de R$ 487.41 MW/ano a partir de 1º de julho de 2026, assegurando a receita fixa de potência de R$ 207 milhões por ano.

Virou um dos melhores negócios do Grupo Neoenergia, no Brasil, uma vez que está operando desde 2004, a usina já foi amortizada. Ela foi um dos primeiros projetos térmicos modernos a gás natural e sua planta prevê uma ampliação de igual tamanho que já está em estudos pelo grupo espanhol.

Com o novo contrato, ela se consagra com uma das usinas térmica de maior disponibilidade acumulada no País. Operando com fornecimento de gás 100% flexível com a Shell Energy do Brasil Ltda. A planta tem destacada eficiência, o que a insere em posição de destaque para efeitos de despacho.

O novo contrato abre a possibilidade da Neoenergia desengavetar um antigo projeto que prevê a duplicação da usina. Na construção da atual térmica já foram tomadas as providencias de modo que a duplicação será apenas a colocação dos geradores.

Um outro fator que deve possibilitar a construção da uma segunda unidade é o fornecimento de gás natural que a empresa agora tem com Shell Energy do Brasil LTDA a preços muito mais competitivos que com a Copergás.

“Aliada à confiabilidade e flexibilidade operacional, foi firmado compromisso de fornecimento de gás 100% flexível com a Shell Energy do Brasil LTDA a preços competitivos”, destaca a Neoenergia, dona da distribuidora Neoenergia Pernambuco, antiga Celpe.

O primeiro Leilão de Reserva da Capacidade, que foi realizado Aneel e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), nesta terça-feira (21), visou com o início do fornecimento de energia será a partir de 1º de julho de 2026, assegurar potência na hora de pico, o que só é possível com usinas de ponte e capacidade firme.

Na prática, a meta é garantir o fornecimento de energia elétrica ao Sistema Interligado Nacional (SIN), que é constituído por quatro subsistemas: Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e a maior parte da região Norte. É a interconexão destes sistemas elétricos, por meio da malha de transmissão, que permite o abastecimento de energia elétrica em todo o País.

A construção da UTE Termope teve início em 2001, dentro do Programa Prioritário de Termeletricidade do Governo Federal. Três anos depois, em 2004, a usina entrou em operação comercial.

A UTE Termopernambuco certificou seu Sistema de Gestão Integrado. Trata-se de um atestado de qualidade conferido por meio de auditoria, relativo às normas ISO 14001:2004 (Gestão Ambiental) e ISO 9001:2008 (Gestão da Qualidade).

Ela foi ainda a primeira usina a recebe certificação de recomendação da nova norma de Saúde e Segurança do Trabalho (ISO 45001:2018), pela Associação Espanhola de Normalização e Certificação (AENOR). A Termope já possuía a certificação no setor de operação e manutenção, atendendo as normas de Qualidade (ISO-9001:2015) e Gestão Ambiental (ISO 14001:2015) impostas pela AENOR.

Com o novo reconhecimento, todo o processo de geração de energia elétrica da termelétrica está certificado.

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