A menos que esteja, deliberadamente, disposto a encontrar uma placa que justifique a fama de Boa Viagem como local de ataques de tubarão, um turista que visita o Recife terá dificuldades em encontrar as placas de alerta do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit).
Primeiro, porque elas têm um metro quadrado e estão dispostas apenas junto ao calçadão da orla. Segundo porque os alertas não colocam a possibilidade de ataques de turbarão em primeiro lugar.
Na verdade, as placas do Cemit estão muito espalhadas e em grande parte com os adesivos desbotados. Para completar, o Corpo de Bombeiros já não está colocando um efetivo do Grupamento de Bombeiros Marítimos - GBMar, encarregado de proteção a banhistas de orla, em maior número.
No caso da praia de Piedade, as placas estão muito dispersas e distantes das áreas de acesso dos banhistas.
Apenas nos finais de semana são vistas lancha e moto aquáticas. Também estão sem uso os 30 pontos de observação construídos no Governo Eduardo Campos ao longo da orla e que agora servem de local abrigo para pessoas em situação de rua.
A questão da sinalização de alerta aos chamados incidentes com tubarões é um dos pontos que precisarão ser revistos a partir da intensificação dos novos ataques.
Em Jaboatão dos Guararapes, as placas quase se perdem no meio da paisagem. Não há também placas colocadas na areia das áreas de maior ocorrência de incidentes.
Nos finais de semana, a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes coloca bandeiras como tentativa de alertar aos banhistas.
As placas do Cemit vêm sendo renovadas, mas já não chamam a atenção do visitante se incorporando à paisagem.