Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

JC Negócios

Por Fernando Castilho
castilho@jc.com.br
Coluna JC Negócios

Crescimento da indústria no segundo trimestre expõe desafio para sua modernização

A produtividade na indústria brasileira em 2022 voltou ao patamar próximo ao observado em 2014.

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Fernando Castilho

Publicado em 03/09/2023 às 0:05 | Atualizado em 06/09/2023 às 18:41
Indústria brasileira precisa de modernização para eliminar sua atual defasagem.
Indústria brasileira precisa de modernização para eliminar sua atual defasagem. - Divulgação

A Confederação Nacional da Indústria comemorou o fato de o Brasil ter um crescimento de 0,9% no 2º trimestre de 2023, em relação ao 1º trimestre de 2023. Na comparação com o 2º trimestre de 2022, o avanço foi de 3,4%. Especialmente pelo crescimento trimestral foi puxado pela Indústria, que avançou 0,9% frente ao 1º trimestre e 1,5% em relação ao 2º trimestre de 2022.

Mas a CNI, ao analisar o desempenho da Indústria de Transformação com crescimento baixo no trimestre e queda de 1,7% na comparação com o mesmo trimestre de 2022, a entidade se queixa afirmando que os principais motivos para isso estão nos efeitos restritivos da política monetária e o ambiente de crédito desfavorável.

Produtividade de 2014

Os números do setor da indústria não têm sido fáceis. Segundo a nova pesquisa Produtividade do Trabalho na Indústria a produtividade do trabalho na indústria de transformação caiu 2,8% em 2022. Foi a segunda maior queda anual da série histórica do indicador (iniciada em 2000) e o terceiro ano consecutivo de queda. Na verdade, a produtividade na indústria em 2022 voltou ao patamar próximo ao observado em 2014.

A produtividade do trabalho efetiva caiu 9% entre 2019 e 2021. Desde o início da série (2000-2021), e acumula queda de 23%.Isso fica mais crítico quando se compara a produtividade da indústria brasileira com a média de seus 10 principais parceiros comerciais – Reino Unido, Coreia do Sul, Argentina, Países Baixos, Estados Unidos, México, Itália, Alemanha, Japão e França. Todos os 11 países analisados registraram alta no mesmo período. Na média, a produtividade do Brasil caiu 23% desde 2000 em relação aos 10 concorrentes.

Equipamento velho

Por isso a comemoração relacionada ao segundo trimestre de 2023 vem com uma preocupação. Qual o caminho que o setor precisa percorrer para se reposicionar?

O problema é que, ao longo dos anos, o desempenho da indústria brasileira foi caindo gradativamente até porque o seu parque industrial não se modernizou. A própria CNI produziu um estudo mostrando que as máquinas e equipamentos industriais têm, em média, 14 anos, e 38% deles estão próximos ou já ultrapassaram a idade indicada pelo fabricante como ciclo de vida ideal. Ou seja, boa parte do parque industrial é Pré-Internet

O presidente eleito da CNI, Ricardo Alban, que assume o cargo a partir de 31 de outubro com a missão de conduzir a jornada do setor para a Indústria 4.0 o que na medida em que a defasagem tecnológica se amplia como se ampliou aumentam as chances de incompatibilidade com novos sistemas operacionais de classe mundial. Não será uma tarefa fácil

Morando fora

O número de brasileiros morando no exterior chegou a 4,59 milhões em 2022. É o maior número desde 2009, quando a comunidade do Brasil era representada por 3,18 milhões de cidadãos residentes em países estrangeiros. Gente que vai para a América do Norte com 45,19%, seguida por Europa (32,42%), América do Sul (14,06%), Ásia (4,83%) e Oriente Médio (1,29%). Estados Unidos com 1,9 milhão, Portugal (360 mil), Paraguai (254 mil), Reino Unido (220 mil) e Japão (206 mil) lideram a lista de opções.

Comércio eletrônico

Uma pesquisa produzida pela Fecomércio-PE e Ceplan mostrou que a adesão ao comércio eletrônico entre os consumidores pernambucanos acima dos 50 anos cresceu de maneira significativa. O principal motivo apontado para tal é não precisar se dirigir a uma loja física, hábito adquirido durante ou após a pandemia de Covid-19. Jovens com idade entre 18 e 28 anos, continuam sendo o principal consumidor das lojas online com 78,8% das suas compras.

Oftalmo miopia

O Grupo Oftalmo está lançando os serviços do Centro de Referência no Controle da Miopia focado no expressivo crescimento nos índices de miopia, sobretudo na infância, nos últimos anos após a pandemia. Liderado pelos especialistas Andrea Sarmento, Ana Catarina Delgado, Cecília Sette, Roberta Ventura e Thayze Martins, a empresa opera unidades no Empresarial ITC, na Pina outra no Empresarial Business Center, no Espinheiro,

SEG Hikvision

O GrupoSEG, com sede no Recife fechou parceria com Hikvision,para ter os produtos dela como base tecnologia que possibilitou que mais de 500 centrais de monitoramento fossem instaladas usando exclusivamente as linhas de alarme Hikvision, todas sem fio, da AX PRO. Atualmente, a empresa pernambucana atende mais de 24 mil clientes, cuidando da segurança de pessoas e bens 24 horas por dia.

 

Artesanal Nordeste

De 5 a 8 de outubro, no Centro de Convenções, tem a Artesanal Nordeste 2023 feira de negócios e capacitação no segmento de costura artesanato com 80 expositores dos segmentos da indústria de máquinas, linhas e fios; tecidos e fitas; bijuterias, confecção de bonecas, costura criativa, scrapbooking, patchwork, aviamentos e acessórios com expectativa de público de 20 mil pessoa.

 

Expo Favela CE

Nos dias 27 e 28 de outubro, o Centro de Eventos de Fortaleza, no Ceará, sedia a maior feira de empreendedorismo que conecta favela e o asfalto do país, a Expo Favela Innovation. Será a primeira edição no Ceará, depois de São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Sergipe, Amapá e Pernambuco.

Expo Barber

O Recife recebe, no próximo dia 10, a Expo Barber Brasil, workshop, que será realizado no Sebrae Recife, que vai reunir 300 participantes, entre profissionais que atuam em barbearias, expositores e empresários do setor.

ExpoAsiaBrasil

Até 15 de outubro, o Shopping Boa Vista sedia a feira de artesanato ExpoAsiaBrasil. Com entrada gratuita, o evento conta com a participação de 14 expositores, do Brasil, Índia, Peru, Tailândia e Senegal, que irão comercializar itens como acessórios, artigos de decoração, roupas e alimentos.

 

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