Protetora pede ajuda após resgate de 15 cães que eram usados para reprodução em Jaboatão

Animais estavam abandonados e sem comida, ingerindo as próprias fezes; protetora se mobiliza para pedir doações após sofrer um golpe
Priscila Miranda
Publicado em 04/08/2020 às 13:58
Protetora Maria do Carmo está cuidando dos 15 cães resgatados de uma casa após abandono Foto: Cortesia


Por Priscila Miranda, da Coluna Meu Pet

Cães abandonados em uma casa cheia de fezes e urina foram resgatados no bairro do Pacheco, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife, por uma protetora de animais que pede ajuda para tratá-los. O caso aconteceu no fim de junho, quando a protetora Maria do Carmo recebeu uma denúncia de que os cachorros estariam sozinhos em uma residência após a dona do local viajar para passar três meses em São Paulo.

De acordo com Maria do Carmo, os cães eram usados para reprodução de filhotes, que seriam vendidos. “Esses animais ficaram lá comendo as próprias fezes. Era uma situação horrível, uma casa do terror. A dona tinha colocado um homem para dar comida, mas ele não ia. A própria família dela que denunciou”, afirmou a protetora, que, após chamar a polícia, reuniu uma equipe para resgatar os animais.

Depois do resgate, outro problema surgiu: Carmo acabou sofrendo um golpe após um homem, que se dizia protetor da causa, passar a arrecadar dinheiro para supostamente ajudar os animais, que nunca foram beneficiados com as doações.

“Ele começou a pedir ajuda nas redes sociais, era o único e fiel depositário. As ajudas chegavam, mas ele não doou nem um saco de ração para os cães. Eu fiquei sozinha com os 15 cães na minha casa, sem ajuda e sem nada. Eu cobrando dele e ele dizendo que não tava chegando ajuda. Foi quando os outros protetores vieram me mostrar o que estava acontecendo e aí eu resolvi tomar uma atitude”, relembra a protetora.

Ela então foi até a delegacia prestar queixa contra o homem, que foi chamado pela polícia para prestar os esclarecimentos. “Ele passou os cachorros para o meu nome. Depois sumiu e me bloqueou em tudo. Nunca me deu o dinheiro, mas o delegado disse que vai chamá-lo de novo e que ele pode responder pelo crime de apropriação indébita”, afirma Maria do Carmo.

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Agora, ela conta com a ajuda voluntária de um médico veterinário para conseguir tratar os animais e pede a sensibilização das pessoas que desejam ajudar os cachorros. “Dr Roberto Fonseca é quem avalia os animais e dá consulta gratuitamente por caridade. Os animais precisam ter os exames porque estão muito debilitados. Todos têm a doença do carrapato, um é idoso e outro é filhote, que está com sarna”, conta a protetora.

Quem deseja ajudar os cães podem entrar em contato com Maria do Carmo, através do telefone (81) 98708-6835. Carmo também divulga as ações através do Instagram @carmoprotecao.

 

 
 
 
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