Conhecida por ser uma zoonose, ou seja, uma doença que pode ser transmitida dos bichos para os humanos, a leishmaniose é considerada uma doença grave, mas conta com um artifício amplamente utilizado para proteção dos bichinhos de estimação: a vacinação.
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Transmitida por insetos, espalhou-se pelo Brasil para regiões onde antes não havia incidência da doença - estava concentrada em estados do nordeste e agora tem avançado para o centro-oeste, sul e sudeste do País. A médica veterinária Izabella Januzzi alerta que a imunização é benéfica para o pet e para a sociedade como um todo, já que a doença não tem cura.
A vacinação pode ser administrada a partir de quatro meses de vida e após exame prévio com resultado negativo para a doença. São necessárias três doses na primo-vacinação (primeiro grupo de vacinas tomadas na vida do pet) e doses anuais pelo resto da vida do seu cão. "Ressaltamos que o protocolo dessa vacina deve seguir um calendário rigoroso de datas, caso contrário, deveremos reiniciar todo o protocolo vacinal do pet (que consiste em fazer a sorologia novamente para garantir que o pet não esteja doente e, depois administrar três doses com intervalo de 21 dias entre as vacinas e depois seguimos com reforços anuais)", reforça a veterinária.
O tratamento é bem variado, pois existem cinco estágios da doença e um tratamento específico para cada um. Ao identificar o estágio é possível indicar a opção terapêutica mais adequada que consiste em medicamentos (fármacos leishmanicidas e leishmaniostáticos, imunoterápicos, antibióticos, entre outros) específicos que podem reduzir os sinais clínicos e progressão da doença, visto que, uma vez contaminado, tanto homem, quanto pet, ficarão doentes pelo resto da vida, apenas fazendo controle periódico.
Além da prevenção, o tutor deve ficar atento aos sintomas. "O bichinho de estimação pode ser completamente assintomático, porém, quando apresenta sintomas, os mais comuns são: crescimento exagerado das unhas, doenças de pele, alopecia (perda dos pelos) ao redor dos olhos, emagrecimento progressivo. Não há predileção entre raças", esclarece Izabella.