Um cachorro que servia de correio entre detentos de uma prisão no Panamá foi interceptado pela polícia com uma carta, segundo informaram as autoridades nessa segunda-feira (10). O curioso caso acontece poucas semanas depois que um "narcogato" também foi detido em frente a outra penitenciária do mesmo país.
O animal "serviu de carteiro entre os pavilhões da penitenciária La Joya", a leste da Cidade do Panamá, segundo o diretor do Sistema Penitenciário, Andrés Gutiérrez. O cão foi interceptado pelos seguranças do presídio, o segundo mais populoso do país centro-americano, com cerca de 2.800 detentos.
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No momento de sua apreensão, o cão tinha "uma carta amarrada no pescoço detalhando a venda de supostas substâncias ilícitas e saudações entre os privados de liberdade", acrescentou Gutiérrez em nota do Ministério do Governo. Além disso, no final da carta os autores escreveram uma mensagem enigmática em que pediam aos destinatários do que "marcassem" se desejassem algo.
O comunicado oficial é acompanhado por uma foto que mostra um cachorro marrom e magrelo nas mãos de uma pessoa uniformizada que mostra uma carta.
"Fique aí parado", ouve-se dizer em um vídeo publicado pelas autoridades em que um policial é visto ao lado do cachorro, que inicialmente se recusa a seguir a ordem.
Narcogato
A captura deste cão ocorreu poucas semanas depois que um "narcogato" foi apreendido com drogas presas ao corpo rondando fora da prisão Nueva Esperanza, na província caribenha de Colón, cerca de 80 quilômetros ao norte da Cidade do Panamá.
O gato foi descoberto pelas autoridades no dia 16 de abril, quando tentou entrar na prisão com um pano amarrado no pescoço com duas embalagens que escondiam cocaína, crack e maconha.
No Panamá, há mais de 18.000 presos espalhados por 23 prisões, a maioria deles superlotados. Gutiérrez reconheceu que existe um "uso recorrente de animais para a transferência e venda de substâncias ilegais" nas prisões panamenhas.
Em ocasiões anteriores, as autoridades panamenhas descobriram tentativas de narcotraficantes de introduzir drogas ou objetos proibidos nas prisões por meio de alimentos, roupas, pombos ou drones. "Continuamos a reforçar a segurança para evitar que este tipo de anomalia ocorra nas prisões", disse Gutiérrez.