Publicado em 29/03/2017 às 8:00
A Justiça é, de fato, o recomendado. Existe a cobertura de um seguro obrigatório pago pelo sistema que cobre acidentes com ou sem mortes, mas os entendimentos são sempre divergentes. Há quem entenda que o assalto é um problema provocado pela ausência de segurança pública e, não, de operação do sistema. Por isso, as vítimas e familiares devem agir judicialmente. E, mesmo assim, há casos em que a Justiça decide a favor das vítimas e outros em que se posiciona contra”, Humberto Graça, promotor do MPPEQue o digam as vítimas da violência. O aposentado Antônio Rodrigues da Silva é uma delas. Pai da almoxarife Suany Muniz Rodrigues, executada aos 33 anos por ladrões durante um assalto a ônibus em 2013, também na BR-101, luta até hoje na Justiça em processos de indenizações morais e materiais contra o governo de Pernambuco e a empresa Metropolitana. Pede R$ 500 mil em cada uma das ações. “Luto há quatro anos e há pelo menos dois espero a sentença do juiz. E nada. Estou sempre acompanhando. Tentei conseguir um ressarcimento diretamente com a empresa, mas desde o começo foi negado”, conta. LEIA MAIS A violência no transporte público faz mais uma vítima no Recife. Até quando? Ei, passageiro do transporte coletivo, você sabia que tem direito a um seguro? As dores e relatos das vítimas da violência no transporte público Metrô do Recife é menos ruim do que o sistema por ônibus, diz usuário Toda a culpa é do governador, diz usuário do transporte público. Inclusive do metrô Pesquisa recente realizada no sistema mostrou que a violência é hoje o principal problema do transporte público na RMR A Justiça, aliás, é a única opção. Tentar obter reparações no âmbito administrativo, ou seja, via empresas de ônibus ou Grande Recife Consórcio de Transporte (GRCT) – gestor do sistema de transporte – é perda de tempo. O alerta é do promotor Humberto Graça, da Promotoria de Transportes do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). “A Justiça é, de fato, o recomendado. Existe a cobertura de um seguro obrigatório pago pelo sistema que cobre acidentes com ou sem mortes, mas os entendimentos são sempre divergentes. Há quem entenda que o assalto é um problema provocado pela ausência de segurança pública e, não, de operação do sistema. Por isso, as vítimas e familiares devem agir judicialmente. E, mesmo assim, há casos em que a Justiça decide a favor das vítimas e outros em que se posiciona contra”, explica Humberto Graça. No vídeo abaixo, conheça o Alerta Celular, plataforma que a SDS criou para que a população cadastre o celular e, no caso de roubo ou furto, possa ser feito o rastreamento do equipamento pela polícia