TRANSPORTE PÚBLICO

Eles não podem parar. E estão morrendo

Motoristas de ônibus, cobradores, fiscais e metroviários estão morrendo de covid-19. Em sua maioria, gente que contraiu a doença trabalhando. Muitos, em ônibus cheios. Outros, em ambientes sem a higienização devida. Mas todos por um sistema que não pode parar

Roberta Soares
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Roberta Soares
Publicado em 31/05/2020 às 12:49 | Atualizado em 15/02/2023 às 10:12
FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
Decisão de manter uso obrigatório nos ônibus, mas liberar nos terminais não vai ter eficiência na prática - FOTO: FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM

Eles não podiam parar. Tinham medo. Muito medo de serem contaminados pelo coronavírus, de morrer em decorrência da covid-19. Mas não podiam parar. O transporte público não para. Por isso, eles também não. Embora o Brasil viva de costas para o setor - e em Pernambuco não é diferente -, ele é serviço essencial. Viabiliza o todo. Sem ônibus, metrôs e trens não vamos nem voltamos. Por isso não pode parar. E os 14 rostos que você vê nesta reportagem são apenas um pedacinho dessa alma. Em sua maioria, gente que contraiu a doença trabalhando. Muitos, em ônibus cheios. Outros, em ambientes sem a higienização devida. Mas todos por um sistema que não pode parar.

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Motoristas, cobradores e fiscais de ônibus mortos pela covid-19 - ACERVO PESSOAL

O motorista Flávio Cícero Lopes da Silva, 51 anos, foi um deles. Alexsandro Gonçalves de Souza, 45, também motorista, foi outro. Mortes que revelam a dupla vulnerabilidade do serviço: segue ignorado pelas gestões públicas e tem nas aglomerações a sua essencialidade. Por menos cheio que esteja, sempre tem aglomeração de pessoas e risco alto de propagação não só do coronavírus, mas de vírus e bactérias em geral. Por isso o nome transporte coletivo. As famílias dos mortos têm certeza de que seus maridos, pais e filhos perdidos para a covid-19 contraíram o vírus trabalhando. Relatam reclamações constantes da lotação dos veículos nos horários de pico, ampliada com a redução de frota devido à pandemia. Culpam o setor empresarial e o Estado, a quem acusam de não se importar. De demonstrar interesse diante da mídia, mas na prática executar bem menos do que prometem.

“Eles não se importam com a gente. Só pensam no lucro. E o governo permite, concorda. Meu marido morreu reclamando da lotação dos ônibus nos horários de pico devido à redução da frota. E como fazia a última viagem do dia sentia mais. Ainda era hipertenso, diabético e estava enfrentando uma fase de ansiedade devido às dificuldades na profissão, como a redução do salário e a morte de outros dois colegas da mesma empresa. Em nenhum momento foi preservado. E tinha que trabalhar. Precisava”, lembra a esposa de Flávio, a operadora de telemarketing Maria Dulcineide Rodrigues, transtornada pelos desafios que têm pela frente para criar os três filhos com Flávio, de 19, 17 e 10 anos, desempregada e ainda chorando a morte da mãe, de 87 anos, também de covid-19. Flávio trabalhava como motorista há apenas três anos na Empresa Mirim, em Jaboatão dos Guararapes. Rodava na linha Jaboatão-Piedade. Sentiu os primeiro sintomas do dia 7 para o dia 8 de maio. Se afastou do trabalho, chegou a ser internado, ir para a UTI de um hospital particular, mas morreu no dia 17, após uma parada cardíaca. As máscaras que usava no trabalho foram compradas pela família. O álcool em gel também. “Mas isso é o de menos. O pior era a lotação dos coletivos”, reforça a viúva.

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Motoristas, cobradores e fiscais de ônibus mortos pela covid-19 - ACERVO PESSOAL

A história de Alexsandro Souza é parecida. A diferença é que, no caso dele, a dupla função - quando o motorista atua sem cobrador, recebendo dinheiro, passando troco -, provavelmente contribuiu para a contaminação. Era motorista da Empresa Caxangá. “Sandro fazia dupla função e tinha muito contato com os passageiros. Rodava em linhas que atendem ao TI Xambá, sempre cheias. Com certeza se contaminou assim. Foi tudo muito rápido e sofrido. Vinha numa sobrecarga de trabalho grande, teve corte de salário e já era pré-diabético. Tudo isso pesou”, lembra a irmã do motorista Nataly de Oliveira Souza, profissional de educação física. A irmã diz que a família ainda está assustada com tudo. A morte aconteceu no dia 20 de maio. “Sandro sofreu muito. Teve cinco paradas cardíacas antes de ir. E não ver o corpo, não poder se despedir é muito doloroso. Ao mesmo tempo, nos dá uma falsa esperança. É como se, a qualquer momento, o hospital fosse nos ligar para dizer que tinha havido uma confusão, que meu irmão está vivo”, sonha.

O drama de Alexsandro foi contado por uma das irmãs do motorista porque a companheira não tinha condições de conversar com a reportagem. Como ela, algumas esposas, mães, filhos, pais e irmãos desistiram de relatar seus dramas à equipe do JC. “Não tenho cabeça. Estou sentindo muito ainda. Desculpe. Não consigo”, afirmou o filho do motorista da Empresa Caxangá Aloísio José Pessoa, morto com covid-19. “Há 15 dias esse monstro levou o amor da minha vida. Não consigo falar”, disse a esposa de Lídio Mauro Casé, um dos quatro metroviários mortos em Pernambuco.

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Metroviários mortos pela covid-19 - ACERVO PESSOAL

A revolta das famílias não é maior porque a resiliência imposta pela doença, que chega de forma abrupta e rapidamente se vai, levando pessoas queridas, termina por adormecer a indignação da falta de cuidado com o profissional. “Eu não sinto revolta. Essa não é a expressão. Mas sei que, se a oferta de transporte fosse maior nos horários em que a população mais precisa, talvez as chances de contaminação pudessem ser menores. Meu marido, assim como os companheiros da mesma empresa que morreram, já tinha reclamado da lotação. Mas não ligam, não resolvem. Eles não andam de ônibus”, lamenta Maria Dulcineide.

Oficialmente, o transporte público da Região Metropolitana do Recife tem 14 mortes por covid-19. Extraoficialmente, ultrapassa os 30. Dos 14 casos confirmados, dez são de rodoviários e quatro de metroviários. O Metrô do Recife, inclusive, é o único sistema metroviário do País a ter registrado óbitos pela covid-19 entre seus funcionários. Além dele, apenas João Pessoa, na Paraíba, teve duas mortes de terceirizados. Grandes forças do setor, como o Metrô São Paulo e o Metrô Rio, por exemplo, tiveram apenas casos de contágio por enquanto, sem óbitos. Mas todos têm reclamações de superlotação nos horários de pico, pouca assistência aos operadores e uma ineficiente fiscalização por parte do poder público nas cidades.

“Por tudo isso que vemos no transporte público que temos feito protestos, provocado o Ministério Público de Pernambuco e o Ministério Público do Trabalho. Ônibus e metrô seguem lotados nos horários de pico. No caso dos ônibus, a maioria das empresas não têm fornecido os equipamentos de proteção individual, a higienização é insuficiente e os trabalhadores foram demitidos ou tiveram redução de salário. E ainda vemos a retirada dos cobradores e a dupla função crescerem. A categoria, de fato, tem sofrido muito. Proporcionalmente, temos mais casos de óbitos do que sistemas bem maiores como o de São Paulo. É reflexo de como o transporte da RMR tem sido tratado durante a pandemia”, critica Aldo Lima, presidente do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco. Segundo o Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano (CTM), 215 das 399 linhas de ônibus estão operando sem cobrador - o que representa 54% da frota - e 1.280 motoristas estão atuando na dupla função. Ou seja, ainda mais expostos ao vírus.
 

HOMENAGEM DE UMA IRMÃ

 

“Hoje a saudade nos faz uma visita: lágrimas passam pelos nossos olhos constantemente e o vazio da saudade aumenta o sofrimento severamente. Nem as palavras mais bonitas deste mundo poderiam trazer algum tipo de alegria para o dia de hoje. A saudade conseguiu preencher todos os espaços das nossas vidas e o vazio deixado pela ausência é imensurável. Mas precisamos encontrar forças, mesmo que por dentro não consigamos acreditar que elas existem. Encontrar a esperança em um dia tão triste pode até ser improvável, mas nunca impossível. Apesar da dor e do sofrimento, não podemos ignorar que é realmente necessário seguir em frente. Que a dor da nossa perda possa ser diminuída um pouquinho a cada dia e que daqui para frente esta ausência seja capaz de fortalecer ainda mais os laços da nossa família e com nossos amigos. Sabemos que a vida vai seguir, mas perdeu muito da sua importância agora que esta pessoa tão amada se foi. Infelizmente depois de lutar por 17 dias Alexsandro, mais conhecido como Sandro se foi... Dono de muita sabedoria, de um olhar doce, capaz de apaziguar todas as brigas, possuía os melhores conselhos (não a toa muitos de nós o chamavam de Amigo), estava sempre a postos para ajudar qualquer pessoa, era um motorista dedicado, amante de churrasco, praia e detentor de uma enorme vontade de viver! Ele não é um número, não é uma estatística, não é alarde. Ele se foi e a economia não o trará de volta! Era o amor da vida de muitas pessoas. Fica um pai, uma boadrasta, três filhos, uma companheira, uma sogra, oito irmãos, vizinhos, amigos e uma família incompleta pra sempre. Não é o adeus que nos assusta: é a saudade. Sandro (Amigo) sempre estará na nossa memória e influenciará eternamente a nossa história. Inesperada ou não, jamais saberíamos lidar com esta despedida. Descanse em paz Sandrinho, e até um dia....
Nataly Souza, irmã de Alexsandro Gonçalves de Souza, 45 anos, motorista da Caxangá

 

ALGUMAS DAS VÍTIMAS COM SUAS FAMÍLIAS

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Motoristas e metroviários mortos pela covid-19 - ACERVO PESSOAL

AS VÍTIMAS ATÉ AGORA NA RMR

Rodoviários

- Carlos Raimundo dos Santos, 56 anos, fiscal da Borborema
- Marcos Ferreira de Lima (Peba), mecânico da Globo
- Alexsandro Gonçalves de Souza, 45 anos, motorista da Caxangá
- Renê Amaral de Medeiros Neto, 35 anos, supervisor da Caxangá
- Sérgio Ricardo Campos, 50 anos, cobrador da Pedrosa
- Sérgio Mateus de Queiroz, cobrador da Borborema
- Izaias Paulino, supervisor da Rodotur
- Leonardo Ribeiro de Lima (Léo), fiscal da Globo
- Aloísio José Pessoa, motorista da Caxangá
- Flávio Cícero Lopes da Silva, 51 anos, motorista da Mirim

 Metroviários

- Fernando Sales, policial ferroviário federal (PFF), do Metrô do Recife
- Lídio Mauro Casé, assistente de manutenção do Metrô do Recife
- João Batista Neto, assistente de manutenção do Metrô do Recife
- José da Silva Paiva, 57 anos, assistente de manutenção do Metrô do Recife

FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
Cobradores também têm sofrido com a pandemia do coronavírus - FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM

CENÁRIO NACIONAL DOS METRÔS
Casos de covid-19 entre metroviários dos sistemas de metrô do País, segundo a Fenametro (até o dia 28/5/20)

Porto Alegre - 0
Belo Horizonte - 0
Distrito Federal - 2 casos
São Paulo - 75 casos
Rio de Janeiro - (sem informações)
Piauí - Metrô fechado
Recife - 70 casos com 4 óbitos
João Pessoa - 2 óbitos

* Dados subnotificados

 

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Metrô do Recife foi, junto com o sistema de João Pessoa (PB), o único a ter registro de metroviários mortos pela covid-19. Foram quatro até agora - FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM

VULNERÁVEIS E COM ALTO RISCO DE CONTÁGIO

Motoristas de ônibus brasileiros têm 71% de risco de contaminação pelo coronavírus

Embora não estejam na linha de frente do combate à pandemia do coronavírus - como os mais diferentes profissionais de saúde -, motoristas e cobradores de ônibus estão na linha de fogo da pandemia. Diariamente, estão expostos à contaminação. Correm um risco próximo ao enfrentado pelos trabalhadores da saúde. Com a diferença de que não dispõem da mesma proteção que a maioria dos médicos e enfermeiros têm. Estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) comprovou o perigo. Apontou que os motoristas de ônibus são uma das profissões mais vulneráveis, com risco de contágio de 71%.

E são profissionais que correm risco todos os dias nas ruas, já que os serviços de transporte público não foram suspensos na grande maioria das cidades do Brasil e do mundo durante a pandemia. Ao contrário, com a redução da frota para tentar equilibrar o custo da operação, ficaram sobrecarregados nos horários de pico, ampliando as chances de contágio. Na saúde, aponta a pesquisa, a probabilidade de contaminação está entre 50% e 100%, conforme a área de atuação.

FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM
Cobradores do Grande Recife ainda não contam com os painéis de acrílico para protegê-los e já adotados em Aracaju e Salvador - FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM

O mapeamento foi realizado pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ), que analisou 2,6 mil ocupações no País, nas mais variadas áreas, para identificar o índice de risco das profissões. De forma geral - e como já esperado - os que atuam na saúde são os mais expostos. De acordo com o estudo, 2,6 milhões de profissionais da área apresentam risco de contágio acima de 50%. Do grupo, os mais vulneráveis são os técnicos em saúde bucal - um total de 12.461 profissionais, com 100% de risco de contágio devido ao ambiente de trabalho e a proximidade física com os pacientes.
O perigo para os motoristas de ônibus urbanos (que operam os sistemas municipais e metropolitanos) e rodoviários (veículos que fazem viagens intermunicipais e interestaduais) surpreende e, segundo o mapeamento, é resultado do contato próximo que os profissionais têm com a população. Os pesquisadores do Coppe mapearam 350 mil motoristas de ônibus para indicar o risco de infecção. O percentual de 71%, inclusive, é semelhante ao identificado para os professores, por exemplo, caso as aulas não tivessem sido suspensas como medida preventiva à propagação do coronavírus.

DIVULGAÇÃO
Motorista morto pela covid-19 improvisando proteção para trabalhar - DIVULGAÇÃO

O alto índice de contágio se confirma na prática, no medo dos motoristas que operam o serviço de transporte na RMR. Os profissionais ouvidos pelo JC relatam o desrespeito ao distanciamento correto - algo impossível com a redução da frota no pico -, a falta de etiqueta pessoal ao tossir e espirrar, e a insuficiente higienização dos coletivos pelas empresas, dificultada pela rotina puxada da operação.

Quando a pesquisa faz o recorte isolado dos cobradores do transporte coletivo, maquinistas de metrôs e trens, e motoristas de táxis, por exemplo, o índice de perigo reduz, mas ainda se mantém acima dos 50%. Segundo o Coppe, os cobradores apresentam um percentual de 66,3% de risco de contaminação, o mesmo dos motoristas de táxi. Em relação aos maquinistas, esse percentual cai para 51%. O mapeamento abrangeu todo o País e foi dividido em 13 grupos ocupacionais, de profissionais da agropecuária e pesca aos do setor de transportes.

CONFIRA O MAPEAMENTO NA ÍNTEGRA:
https://impactocovid.com.br/

 

ARTES
JC - ARTES

DADOS DO SISTEMA DE ÔNIBUS DA RMR

215 das 399 linhas de ônibus estão operando sem cobrador (54% da frota)

1.280 motoristas estão atuando na dupla função na RMR

592 multas foram aplicadas às empresas de ônibus por descumprimento das determinações da pandemia

ITAMARACÁ/DIVULGAÇÃO
Cortinas de plástico para proteger motoristas estão sendo testadas em ônibus da Empresa Itamaracá - ITAMARACÁ/DIVULGAÇÃO
 

CORTINAS DE PLÁSTICO SÃO TESTADAS NOS ÔNIBUS DO GRANDE RECIFE

Empresários e o poder público responsável por gerir os sistemas de transporte público - ônibus e metrô - dizem que têm feito o possível para tentar proteger os operadores da contaminação pelo coronavírus. E elencam diversas ações. Uma das novidades é a instalação de cortinas de plástico para isolar o condutor dos passageiros.

O equipamento já funciona em toda a frota de ônibus de Aracaju, em Sergipe, e começou a ser adotado no sistema de Salvador, na Bahia. Com a diferença que essas cidades também instalaram painéis de acrílico para proteger os cobradores, o que não foi implantado na RMR, pelo menos por enquanto.

As cortinas começaram a ser testadas pela Empresa Itamaracá, que integra o Consórcio Conorte e opera o Corredor de BRT Norte-Sul. Segundo a empresa, foram instaladas em apenas dez ônibus. A interferência na visibilidade do condutor gerou polêmica, mas o projeto deve ser ampliado para toda a frota.

ITAMARACÁ/DIVULGAÇÃO
Dez ônibus da Itamaracá estão rodando com as cortinas de plástico - ITAMARACÁ/DIVULGAÇÃO

AÇÕES
Entre as ações realizadas pelo setor empresarial, segundo informações da Urbana-PE, estão a higienização dos coletivos, a distribuição de máscaras e álcool em gel para os operadores, a instalação de lavatórios itinerantes nos terminais e de marcadores de espaçamento nas filas de terminais e nas garagens.

Por parte do poder público, o Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitana (CTM) diz que reforçou a limpeza dos terminais integrados, instalou marcações de filas, tem disponibilizado ônibus extras nos TIs nos horários de pico da manhã e da tarde e distribuiu 30 mil máscaras entre usuários.

Já a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) informou que forneceu 28 mil máscaras descartáveis, 700 litros de álcool em gel e a) e álcool líquido 70 %, para limpeza de superfícies e materiais de trabalho, higienizou diversas estações com o Exército e afastou 34% dos funcionários da operação e 52% da manutenção por estarem com covid-19 e por pertencerem a grupos de risco.

JAILTON JR./JC IMAGEM
Categoria fez protesto contra as mortes de rodoviários. Pediu mais EPIs, mais ônibus na pandemia e o fim da retirada dos cobardores e da dupla função dos motoristas - JAILTON JR./JC IMAGEM

 
Medidas adotadas pelas empresas de ônibus, segundo a Urbana-PE:
• Reforço na higienização da frota
• Distribuição de álcool em gel para operadores
• Distribuição de máscaras para operadores
• Campanha interna de conscientização e distribuição de material educativo entre os operadores
• Lançamento de serviços virtuais para evitar aglomerações e deslocamentos não essenciais (bloqueio de cartão e atualização de cadastro pelo WhatsApp VEM)
• Aferição de temperatura nas garagens
• Testagem RT PCR dos operadores em parceria com o SEST/SENAT
• Instalação de lavatório itinerantes nos terminais
• Instalação de borrifadores com álcool 70% nos terminais e garagens
• Testes para adaptação dos veículos com divisórias para proteção dos cobradores, motoristas e passageiros
• Marcadores de espaçamento nas filas de terminais e nas garagens
• Troca de toalhas de mão de tecido por papel descartável ou secadores elétricos nas garagens
• Cancelamento de agenda de viagens de funcionários a trabalho.
• Abertura de canal de comunicação com colaboradores para atenuar efeitos do isolamento social
• Monitoramento e assistência aos profissionais afastados por licença médica
• Distribuição de cestas básicas para operadores
• Distribuição de alimentos para comunidades atendidas pelas empresas

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Motoristas e cobradores suspeitos de morte pela covid-19 - ACERVO PESSOAL

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Citação

“Hoje a saudade nos faz uma visita: lágrimas passam pelos nossos olhos constantemente e o vazio da saudade aumenta o sofrimento severamente. Nem as palavras mais bonitas deste mundo poderiam trazer algum tipo de alegria para o dia de hoje. A

Nataly Souza, irmã de Alexsandro Gonçalves de Souza, 45 anos, motorista da Caxangá

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