Pesquisa reforça inexistência de coronavírus na rede de transporte de Londres

Cientistas que conduziram os testes simularam a jornada de um passageiro e, pela segunda vez consecutiva, a coleta apresentou resultados negativos para o coronavírus. País entra numa segunda fase do lockdown nesta quinta-feira (5/11)
Roberta Soares
Roberta Soares
Publicado em 05/11/2020 às 9:00
Em Londres, a cobertura da tarifa paga pelos passageiros é de 50% do custo do metrô. O resto é subsídio Foto: Pixabay


O Imperial College London, instituição britânica que atua com foco em ciência, engenharia e medicina, realizou testes no mês de setembro na rede de transportes de Londres - metrô e ônibus - e, pela segunda vez consecutiva, a coleta apresentou resultados negativos para o coronavírus. O objetivo era detectar a presença do novo vírus, identificar e avaliar o risco de disseminação da doença entre passageiros e funcionários do sistema.

Os cientistas que conduziram os testes simularam a jornada de um passageiro. Com cotonetes, coletaram amostras das escadas rolantes, corrimãos, pontos de ônibus e leitores do cartão eletrônico utilizado no sistema. Também usaram um sensor especial que absorveu, através de filtros, o ar do ambiente dos veículos por uma hora, coletando 300 litros por minuto.

Pixabay - Pesquisa realizada pelo RSSB em julho, descobriu que as chances de pegar o vírus em um trem são de 1 em 11.000. Para o teste, presumiu-se que uma pessoa, sem máscara, estava viajando em um trem com 44 passageiros durante uma hora de viagem, com uma troca de 22 passageiros ao longo do percurso

Segundo informações do portal da BBC inglesa, a Transport for London (TfL), que gerencia o sistema de transporte, informou que tem intensificado os procedimentos de limpeza, mas ressaltou que não basta somente um ambiente limpo para tornar o metrô e os ônibus seguros. O distanciamento social e o uso de máscara também precisam ser seguidos.

Lilli Matson, diretora de segurança, saúde e meio ambiente da TfL, disse que os resultados foram “extremamente tranquilizadores“, especialmente para os clientes que usam a rede de transporte para viagens essenciais durante a próxima fase de lockdown, que começa nesta quinta-feira (5/11). “Acredito que os metrôs e os ônibus são seguros para o uso pela população. Colocamos em prática uma enorme gama de medidas, desde limpeza, coleta de amostras, desinfetantes e sprays antivirais”, disse ela.

Pesquisa realizada pelo RSSB (anteriormente Rail Safety and Standard Board) em julho, descobriu que as chances de pegar o vírus em um trem são de 1 em 11.000. Para o teste, presumiu-se que uma pessoa, sem máscara, estava viajando em um trem com 44 passageiros durante uma hora de viagem, com uma troca de 22 passageiros ao longo do percurso.

Pixabay - Os procedimentos de limpeza estão sendo reforçados, mas o distanciamento social e o uso de máscara também precisam ser seguidos

O RSSB é uma instituição britânica independente sem fins lucrativos e pertence às partes interessadas da indústria ferroviária. O objetivo principal do RSSB é liderar e facilitar o trabalho da indústria ferroviária para alcançar a melhoria contínua no desempenho de saúde e segurança das ferrovias na Grã-Bretanha.

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