O transporte público da Região Metropolitana do Recife poderá receber mais subsídios para tentar se equilibrar financeiramente durante a pandemia de covid-19. Projeto de Lei (nº 2195/2021) de autoria do governo do Estado e que previa a ampliação em até 70% do orçamento do Grande Recife Consórcio de Transportes Metropolitano (CTM) foi aprovado nesta quinta-feira (04/6) pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).
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O pedido foi feito pelo governo diante da necessidade do sistema de transporte, que chegou a ter uma redução da demanda de passageiros superior a 80% no início da pandemia e segue sem conseguir se restabelecer. Segundo a justificativa do Estado, devido à crise econômica provocada pela covid-19 o transporte coletivo está atendendo atualmente menos de 60% das pessoas que o utilizavam até março de 2020, enquanto opera com 88% da frota. Assim, o reajuste do subsídio seria importante para garantir a sustentabilidade e reduzir a pressão sobre o sistema, viabilizando a circulação de ônibus com menos passageiros e com descontos em horários de menor demanda.
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Essa diferença entre receita e despesa vem forçando o governo de Pernambuco a injetar todo mês entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões, de acordo com informações repassadas pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano de Pernambuco (Seduh), quando era comandada pelo secretário Marcelo Bruto. Até 2020, os subsídios diretos e indiretos aos sistema eram na ordem de R$ 250 milhões por ano. O PL vai para sanção do governador Paulo Câmara.
PROGRAMAS SOCIAIS
No início de 2021 o governo de Pernambuco criou dois programas sociais para estimular o uso do transporte público. O VEM Social, programa que dá gratuidade de até 20 passagens de ônibus do Anel A - R$ 75 por mês - a 20 mil pessoas que perderam o emprego durante a pandemia. E o Horário Social, que oferece uma tarifa R$ 0,40 mais barata para quem usar os coletivos fora do horário de pico (das 9h às 11h e das 13h30 às 15h30), nos dias úteis e pagando com o VEM Comum.