Recife ganha novas ciclofaixas no Centro e na Zona Norte da cidade. Veja os traçados
Equipamentos são pequenos - apenas dois quilômetros - e fazem parte dos dez quilômetros prometidos pelo prefeito João Campos até setembro
Não é como nem onde os ciclistas gostariam, mas o Recife ganhou mais dois quilômetros de infraestrutura para bicicletas, o que deve ser comemorado por quem pedala. As Ciclofaixas Santo Antônio, localizada no Centro da capital, e Hipódromo, na Zona Norte, já estão funcionando e foram implantadas dentro da meta de ampliação de dez quilômetros até setembro prometida pelo prefeito João Campos (PSB) em maio deste ano. São ciclofaixas (quando a segregação do tráfego é parcial, feita apenas com sinalização e tachões) e ciclorrotas (quando existe apenas sinalização e o espaço é compartilhado com os veículos).
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A Ciclofaixa Santo Antônio tem 1 km de extensão e segue o percurso da Ponte Maurício de Nassau, Rua Nova, Ponte Boa Vista (de Ferro), Rua Imperatriz e Rua do Hospício. Segundo a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), a rota vai beneficiar 1.300 ciclistas diariamente. Além de pequena, a rota obrigará o compartilhamento do espaço entre ciclistas e pedestres em diversos pontos, já que interliga áreas de ruas pedestrianizadas e pontes. Interliga, inclusive, a Zona 30 do Recife Antigo ao bairro da Boa Vista. Para a CTTU, o compartilhamento entre pedestres e ciclistas é positivo.
O traçado da Ciclofaixa Santo Antônio, entretanto, dificulta a conexão com o Eixo Camilo Simões, na altura do Palácio do Campo das Princesas, onde existe uma ciclovia. Assim como deverá inviabilizar a implantação de uma estrutura permanente na Ponte Buarque de Macedo, que dá acesso direto à Avenida Rio Branco e ao Marco Zero e recebe as ciclofaixas móveis aos domingos e feriados. Mas, mesmo assim, é mais infraestrutura para as bicicletas na cidade.
A Ciclofaixa Hipódromo também tem um quilômetro. Interliga os equipamentos já construídos nos bairros do Rosarinho e do Torreão. Passará pelas Ruas Fonseca Oliveira, Madre Rosa Gattorno e Couto Magalhães. "O Recife vem investindo em segurança viária e em outros modos de transporte mais eficientes para promover uma mobilidade sustentável para a cidade, diminuindo os sinistros de trânsito. É uma nova forma de se deslocar que se fomenta e vemos que a população está aderindo a essa oportunidade", defende Taciana Ferreira, presidente da CTTU.
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Com os dois novos quilômetros de ciclofaixas, o Recife passa a contar com 157 quilômetros de infraestrutura para bicicletas. Representa um crescimento da malha cicloviária de 580% entre 2013 e 2021. As novas rotas também permitirão, segundo a CTTU, que a capital tenha 80 quilômetros de equipamentos conectados entre a Zona Sul e a Zona Oeste e 72 quilômetros conectados entre o Centro e a Zona Norte. Os projetos foram desenvolvidos em parceria com a Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária, referência mundial e que está prestando consultoria à capital.