Numa apresentação que, infelizmente, não conseguiu o detalhamento que se esperava porque tudo ainda está muito conceitual e sustentado em imagens prospectadas -, técnicos da Prefeitura do Recife repassaram informações sobre o futuro Complexo Aeroclube, um espaço no Pina, na Zona Sul do Recife, que pretende reunir nos quase 12 hectares do antigo Aeroclube de Pernambuco um parque verde, moradia e inclusão social, além de empreendimentos imobiliários. Tudo isso amarrado na garantia da preservação ambiental. Pelo menos essa é a promessa da gestão municipal, apresentada na tarde desta quinta-feira (30/9), na primeira de quatro audiências públicas sobre o tema realizada na Câmara de Vereadores do Recife.
- Poucas famílias das palafitas do Bode serão transferidas para habitacional erguido na área do antigo Aeroclube
- João Campos defende construção de parque no Aeroclube do Pina
- Ativista pede diálogo e definição de critérios para ocupação de habitacional no terreno do antigo Aeroclube, no Recife
- Comissão Especial da Câmara vai fiscalizar obras do Parque do Aeroclube, no Pina
- Pela primeira vez, prefeitura detalha Complexo do Aeroclube, no Pina, na Câmara Municipal do Recife
- Novo parque na Zona Sul do Recife: acompanhe a audiência pública que vai detalhar o Parque-Complexo Aeroclube
A princípio, o Complexo Aeroclube será construído numa área de 11,8 hectares, representando - para ajudar a situar o cidadão - três vezes o tamanho do Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, e será 52% maior que a Jaqueira - parque da Zona Norte do Recife que, como destacou o vereador Paulo Muniz (Solidariedade), responsável pela convocação da audiência e presidente da comissão que acompanhará as futuras obras, “sempre fez inveja aos moradores da Zona Sul porque nunca tiveram algo parecido”. Do total da área, 4 hectares serão destinados ao Parque Aeroclube (área verde) e 38 mil metros quadrados serão divididos em 12 lotes destinados a empreendimentos imobiliários. O custo inicial do Complexo Aeroclube é de aproximadamente R$ 100 milhões e, segundo os técnicos da PCR, a ideia é que os empreendimentos imobiliários financiem o projeto, através de Parcerias Público-Privadas (PPP).
“Queremos que a construção do Parque Aeroclube, estimado em R$ 85 milhões, seja custeada pelos empreendimentos privados que serão erguidos nos 12 lotes destinados. Está sendo definido como será o modelo, se iremos realizar uma concorrência ou um leilão. Chegamos ao valor aproximado de R$ 100 milhões porque contamos o valor da creche integral, de R$ 2 milhões, e do Compaz, de R$ 3 milhões”, explicou Cinthia Mello, chefe do gabinete de Projetos Especiais da PCR, que fez a apresentação ao lado de representantes da URB (Autarquia de Urbanização do Recife) e das secretarias de Educação, Saúde e Infraestrutura. As moradias sociais são exceção. Já começaram a ser erguidas e contam com financiamento da Caixa Econômica Federal (CEF).
SEM PRAZOS
Pelo menos por enquanto, também não se sabe quando as obras do Parque Aeroclube e dos outros equipamentos que irão compor o complexo - exceto os Habitacionais Encanta Moça I e II - começarão. Depois que for dada a ordem de serviços, entretanto, a previsão é que tenham, duração de 24 meses a 36 meses. O Complexo Aeroclube será executado em duas fases, com a primeira entrega sendo dos habitacionais que atenderão 600 famílias, prevista para abril de 2022.
A promessa da prefeitura é que que o Parque do Aeroclube seja um equipamento com anfiteatro, pistas de skate, patinete e patins, cooper, circuito de bicicleta e bicicross, quadra polivalente, campo de areia, academia de ginástica inclusiva, parcão, área para piquenique, Econúcleo e um espaço memória para relembrar o antigo Aeroclube de Pernambuco. Também faz parte do Complexo uma creche para crianças de até 5 anos, uma UPA e o primeiro Compaz da Zona Sul.
O Parque Aeroclube terá duas passarelas de pedestres e ciclistas de conexão, com vários pontos de mirante e 5,5 metros de largura, além de três quilômetros de ciclovias - que se conectarão com a Ciclovia da Via Mangue - e pistas de cooper. O acesso ao parque será feito pelas Ruas Tomé Gibson e Atlântico - essa última passará por intervenção física para permitir a conexão direta -, a partir da Avenida Domingos Ferreira, um dos principais corredores da Zona Sul. Não haverá acesso direto pela Via Mangue por ser uma via expressa.
Confira o que se sabe do projeto até agora: