COLUNA MOBILIDADE

Buzina dos carros pode ser substituída pelo som de flautas. O que você acha?

A proposta foi feita na Índia e prevê a substituição da buzina dos carros e da sirene das ambulâncias pelo som das flautas, algo mais agradável aos ouvidos humanos

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Roberta Soares

Publicado em 17/10/2021 às 7:00
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A desordem e a insegurança que são marcas históricas da mobilidade urbana da Índia deveriam receber outras soluções mais urgentes e efetivas - não há dúvidas. Mas a proposta não deixa de ser curiosa e, talvez, ajude a reduzir a poluição sonora do caótico trânsito indiano. A proposta é substituir a buzina dos carros e a sirene das ambulâncias pelo som das flautas, algo mais agradável aos ouvidos humanos.

A ideia foi defendida pelo Ministro da União para o Transporte Rodoviário da Índia, Nitin Gadkari, que pensou na mudança depois de ter, segundo a imprensa do País, uma sessão de ioga atrapalhada pelo buzinaço dos motoristas irritados no trânsito diário. O ministro alegou que a substituição poderia ser uma forma de resolver o problema da poluição sonora e que, para isso, pretendia apresentar uma lei obrigando que todos os veículos troquem a buzina pelo som de instrumentos musicais indianos, o que seria mais agradável de ouvir. Entre esses instrumentos estariam flauta, tabla (um instrumento de percussão), violino e gaita.

ED FERREIRA/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
Caos e confusão são marcas do trânsito indiano. Na imagem, a confusão na cidade de Nova Delhi - ED FERREIRA/ESTADÃO CONTEÚDO/AE

“As buzinas têm um som que pode ser irritante. Um artista compôs uma música de Akashwani e foi tocada bem cedo de manhã. Estou pensando em usar essa música para que as pessoas se sintam bem”, disse Gadkari, sem detalhar, no entanto, qual o custo, a operacionalidade e a responsabilidade pela mudança nos veículos. 

A ideia pode parecer fora do comum, mas Gadkari tem um histórico de mudanças com repercussão no caótico trânsito indiano. Em 2017, baniu o uso de luzes vermelhas em cima dos carros considerados “VIPs”, um antigo símbolo de status nas ruas do País, considerado um legado colonial.

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