Levantamento atualizado do Bike PE, sistema de compartilhamento de bicicletas públicas no Recife e pontualmente em Jaboatão dos Guararapes e Olinda, na Região Metropolitana, confirmou, mais uma vez, a preferência do pernambuco pela bike para fazer integração com o transporte público.
Essa característica do Bike PE não é novidade e, a cada ano, fica mais evidente. Especialmente nos últimos meses, com a crise econômica potencializada pela pandemia de covid-19 e o aumento do preço das passagens. Na RMR, a tarifa de ônibus mais barata subiu quase 10% e custa, atualmente, R$ 4,10. Já a do Metrô do Recife está em R$ 4,25.
A intermodalidade com transporte público foi um dos destaques em Pernambuco, segundo o estudo “Micromobilidade no Sul global”, realizado pela Tembici, que opera o Bike PE em parceria com o Banco Itaú.
Bike PE ganha mais cem bicicletas e tenta reduzir reclamações de usuários
70% das pessoas que fazem seus trajetos com a bicicleta e um segundo modal utilizam o transporte público como complemento de suas viagens. Essa integração, destaca a Tembici, permite um maior acesso das pessoas às regiões centrais da cidade, onde - até hoje - concentram-se as oportunidades de emprego e atividades de lazer.
Também foi constatado que 75% dos clientes do Bike PE usam o sistema diariamente e apenas 20% fazem uso para o lazer. Outro dado que comprova a importância do sistema não só para os usuários, mas também para as cidades, é que 64% das pessoas que pedalam afirmaram que, se não houvesse o Bike PE, fariam os deslocamentos em modos motorizados.
O levantamento fez um panorama geral sobre o uso de bikes compartilhadas na América do Sul. Os dados mostraram o crescimento do serviço de bikes compartilhadas, o impacto na mobilidade urbana das cidades, o aumento do uso das bicicletas como fonte de renda, o impacto no meio ambiente, além de um perfil detalhado dos usuários do serviço.
As respostas de quase 6 mil pessoas foram analisadas.
O mesmo levantamento mostrou que o Bike PE segue sendo um sucesso. Registrou aumento de 60% nas viagens na RMR entre os meses de janeiro e maio de 2022, em relação ao mesmo período de 2021.
“Temos a missão de transformar as cidades e a forma como as pessoas se deslocam, e esse estudo mostra que as bicicletas já cumprem um papel essencial para a mobilidade urbana de Pernambuco como um meio de transporte sustentável e eficaz”, ressaltou Mateus Lago, diretor de Negócios da Tembici.
Além disso, teve um aumento de 21% no número de novos usuários. O Bike PE é gerenciado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Pernambuco (Seduh) e tem 90 estações e 960 bicicletas no Recife e, pontualmente, em Olinda e Jaboatão dos Guararapes.
Em 2021, a média de viagens das praças em que a Tembici atua no Brasil foi de 900 mil viagens ao ano, que é exatamente o número registrado pelo bike PE. O estudo também mostrou que a micromobilidade cresceu mais de 400% nos últimos dez anos.
A Tembici é responsável por 65 milhões de deslocamentos com bicicletas nas principais capitais brasileiras, como Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília, além de Santiago, no Chile, e Buenos Aires, na Argentina.