Nesta quinta-feira (13), o Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana divulgou a interrupção dos serviços de ônibus da Empresa Metropolitana.
Devido a essa paralisação, os usuários que dependem do Terminal Integrado da Macaxeira estão enfrentando dificuldades para encontrar transporte alternativo.
Na terça-feira passada (11), motoristas da empresa Caxangá realizaram um ato de protesto, contando com a participação de cerca de 300 trabalhadores que aderiram à paralisação.
Além disso, o metrô do Recife também está paralisado no dia de hoje (13), em uma manifestação contra a possível privatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).
METROVIÁRIOS decretam PARALISAÇÃO do sistema
MOTIVO DA PARALISAÇÃO EM RECIFE
Segundo uma nota explicativa emitida pelo Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana, a paralisação dos ônibus da Empresa Metropolitana tem como motivo os descontos realizados nos salários de vários trabalhadores.
Esses descontos estão relacionados às paralisações ocorridas em 2020. No entanto, a Empresa Metropolitana não divulgou informações sobre quais trabalhadores participaram desses protestos em 2020, nem em quais dias ocorreram e por quanto tempo se estenderam.
CONFIRA O COMUNICADO EMITIDO PELA EMPRESA METROPOLITANA
A Empresa Metropolitana informa que na madrugada desta quinta-feira (11) o Sindicato dos Rodoviários, articulado com o Sindicato dos Metroviários, impediu ilegalmente a saída da frota da empresa, comprometendo a operação de 52 linhas e prejudicando toda a população usuária do serviço. A paralisação ocorreu sem qualquer pré-aviso e agride não só o direito dos usuários do transporte público como toda a legislação que regulamenta o direito de greve e de prestação de serviços essenciais.
A Metropolitana destaca que rodoviários participaram da assembleia realizada ontem pelos metroviários. A articulação entre o Sindicato dos Metroviários e o Sindicato dos Rodoviários para impedimento da prestação de serviço por ônibus comprova a motivação política do movimento e o descaso com a população e a economia local.
Sobre o suposto argumento apresentado pelo Sindicato dos Rodoviários para realizar as paralisações desta semana, a Metropolitana reitera que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) julgou o dissídio coletivo referente às paralisações ilegais promovidas pelo sindicato em 2020, considerou a greve abusiva e autorizou a COMPENSAÇÃO das horas paradas dos trabalhadores envolvidos na referida greve que foi promovida com violação à Lei 7.783/1989.
Em estrito cumprimento ao acórdão do TST, a empresa COMPENSOU a quantidade de horas não trabalhadas, apenas dos empregados que promoveram a suspensão dos serviços na greve considerada abusiva pela Corte Superior do Trabalho, o que demonstra que a ação do sindicato em impedir a saída da frota da Empresa Metropolitana é a repetição de mais uma ilegalidade e de evidente abuso de direito. A empresa destaca ainda que apenas 39 dos 550 motoristas precisaram compensar horas não trabalhadas.
A Metropolitana tomará as medidas cabíveis para evitar que eventos como este de hoje, que também descumprem a Lei 7.783/1989, continuem provocando transtornos aos nossos clientes.