Os funcionários do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), em São Paulo, irão entrar em greve amanhã (3), com nove linhas afetadas, com previsão para durar 24 horas.
A decisão foi tomada em protesto contra o plano de concessões e privatizações do governo estadual, chefiado por Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Os funcionários da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) também entrarão em greve.
LINHAS PARALISADAS
Metrô
- 1-Azul;
- 2-Verde;
- 3-Vermelha;
- 15-Prata.
CPTM
- 7-Rubi;
- 10-Turquesa;
- 11-Coral;
- 12-Safira;
- 13-Jade.
As nove linhas que irão aderir à greve transportam aproximadamente 4,2 milhões de passageiros por dia. Na paralisação anterior dos metroviários, ocorrida em 23 de março deste ano, causou mais de 700 quilômetros de congestionamento na capital paulista.
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Na última quinta-feira (28) a juíza Raquel Gabbai de Oliveira, do Tribunal do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), negou a liberação das catracas nas estações de trem e instituiu uma multa diária de R$ 500 mil em caso de descumprimento.
Ainda sobre isso, houve a determinação de que a CPTM continue operando com seu pleno efetivo em horários de pico, além de 80% no restante do dia.
Já os metroviários devem operar com 100% da operação em horários de pico, algo decidido por liminar do TRT-2 na última sexta-feira (29).
O QUE O GOVERNADOR DIZ
Tarcísio se referiu a mobilização como "greve sem pauta, uma greve política". "Não estou fazendo nada de diferente do que eu ia fazer", afirmou o governador no sábado passado (30).
A atual gestão defende a desestatização sob argumento que a mudança na administração irá levar vantagens para a população, com a melhoria dos serviços, antecipação de investimentos e suposta redução de tarifas.
A contra-argumentação dos grevistas é que as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, concedidas a empresa ViaMobilidade, registraram aumento considerável no número de falhas e tornou-se alvo de investigação do Ministério Público.
As duas linhas eram originalmente da CPTM.