Por Carlyle Paes Barreto, da Coluna Planeta Bola
As homenagens em todo mundo, especialmente em Buenos Aires, reflete o que foi Maradona. Capaz de juntar e abraçar torcedores dos arquirrivais Boca Juniors e River Plate. E, bem ao lado, fazendo fãs do mesmo clube brigarem na fila do velório. O craque era assim. Amor e ódio correndo paralelamente. Sutileza em dribles e rompantes agressivos contra adversários. Paixão em campo e trapaça fora dele. Sem dúvida, o maior de todos. Como personagem. Atrás de Pelé como jogador, como atleta. Mas bem na frente no quesito adoração. E aí não é culpa do Rei. É de seus súditos.
Embora Pelé seja mais recluso, não expondo seu lado pessoal como o argentino, ele é mais questionado que reverenciado no Brasil. Após a aposentadoria, claro. Bem diferente do que ocorre no país vizinho.
Até porque Maradona nunca se escondeu. Mesmo fora de si, foi a jogos. A Copa do Mundo. Visitou chefes de Estado e falou o que queria. Politicamente correto ou não. Enquanto Edson Arantes do Nascimento sempre foi mais protocolar. Talvez pelas eternas cobranças de se posicionar por qualquer assunto social.
https://youtu.be/g3eVUt6x-PQ
Mas até pelo exemplo da Plaza de Mayo, da Casa Rosada, está na hora de relembrar mais o que Pelé fez. E não criticar pelo que deixou de fazer. E aproveitar um pouco mais do maior jogador do século. Enquanto pode.
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