Bolsonaro diz que Brasil não está livre de apagão, mas não sinaliza criação de plano para remanejar energia

Leia a opinião de Romoaldo de Souza
JC
Publicado em 02/12/2020 às 9:06
Líderes religiosos acusam o presidente de agravar a crise do coronavírus Foto: ISAC NÓBREGA/PR


No dia em que entrou em vigor o aumento da conta de luz, determinado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) advertiu que o Brasil não está livre de passar por um apagão.

Bastou ele tirar uma folga no Palácio do Planalto e entrar nas redes sociais, e aí um internauta comentou com Bolsonaro que a conta de luz vai aumentar, e irônica agradeceu ao presidente. “Obrigado, presidente!”

Logo depois o presidente escreveu: “… as represas estão com níveis baixíssimos. Se nada fizermos, poderemos ter apagões. O período de chuvas, que deveriam começar em outubro, ainda não veio. Iniciamos também uma campanha contra o desperdício” completou Jair Bolsonaro.

Eu, se fosse o Ricardo Souza Silva, que conversou pelo Facebook com o presidente iria direto no ponto. E quem é responsável por evitar um apagão? Certamente não é o padre da paróquia, o fiteiro da esquina nem o estudante que não para de pensar no futuro.

Cabe ao Ministério de Minas e Energia cuidar de todas as etapas. Da geração à distribuição da energia elétrica. Então, é prudente que além de campanhas de conscientização para o uso racional da luz, o que é muito importante, o governo federal também cuide de montar um plano de remanejamento de energia de regiões onde chove bastante, e os reservatórios estão cheios, para outras partes do país onde a estiagem já preocupa. O problema é que no Brasil as medidas quando são implementadas, ocorrem sempre para apagar incêndio e nunca para se preservar contra o fogo.

Pense nisso!

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