Narrando o sonho de um sábio chinês que certa vez tinha sonhado que era uma borboleta, o compositor baiano, Raul Seixas, arremata a história com o dilema do sábio que não sabia:
“Se ele era um sábio chinês
Que sonhou que era uma borboleta,
Ou se era uma borboleta sonhando
Que era um sábio chinês”
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Pois a dúvida da comunidade chinesa é se vai se irritar primeiro com o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores ou se com o ministro Ernesto Araújo, chefe do Itamaraty.
O filho do presidente encabeçou o festival de deselegâncias quando chamou para uma conversa, transmitida ao vivo pela internet, o então ministro da Educação. Abraham Weintraub disse que desconfiava que outra pandemia surgiria na China, segundo ele, porque “aquele povo [os chineses] come tudo o que o sol ilumina”.
Já o chanceler Ernesto Araujo é lembrado pelas autoridades chinesas por um comentário nas redes sociais, quando associou o coronavírus ao comunismo chinês. O ministro disse que o Brasil precisava se proteger do “comunavírus”
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Mas foi o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) quem “cutucou a onça com vara curta”, como se diz na linguagem popular. Foi o chefe do Executivo quem despertou o tigre na hora da cesta, dizendo que nas relações comerciais entre Brasil e China “Nós precisamos da China e a China precisa muito mais de nós. Eles têm 1,4 bilhão para alimentar”, afirmou o presidente que tentou deixar de lado a tecnologia chinesa, na instalação do 5G, sistema de transmissão de redes móveis e banda larga.
Agora, o Congresso Nacional, empresários e aliados do governo de Pequim estão se revezando para convencer os chineses a colaborarem com o Brasil, na produção da vacina contra a Covid-19.
O Palácio do Planalto segue ocupado por um governo que se diverte em jogar gasolina quando o incêndio está apenas no início só para ver o tamanho da labareda.
Pense nisso!