É do padre Antonio Vieira (1608–1697) a famosa frase que nos leva a pensar na importância de sermos úteis. De termos contribuído com algum projeto, com alguma iniciativa que tenha significativo papel de destaque na sociedade. Dizia o jesuíta português: “Nós somos o que fazemos. O que não se faz não existe. Portanto, só existimos nos dias em que fazemos. Nos dias em que não fazemos apenas duramos”.
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Eu puxei pela memória de Vieira para lembrar como inúteis são os governos em geral e alguns deles em particular. O leitor vai se recordar que na gestão do presidente José Sarney (MDB) ele nomeou o economista Hélio Beltrão (1916—1997) como ministro da Desburocratização, com o objetivo de reduzir a quantidade de papeis e carimbos que entravam a vida dos empreendedores brasileiros.
Mais de três décadas se passaram e a máquina pública continua montada e funcionando para promover o atraso. Para causar entraves nas iniciativas de quem quer gerar emprego e renda. A máquina pública brasileira funciona 24 horas por dia tentando achar um jeito de atrapalhar quem quer empreender.
E em meio a tanta descrença, não é que o Ministério da Economia resolveu fazer? Ontem, foi lançado o projeto Balcão Único com a promessa de facilitar aos cidadãos a abertura de uma empresa, com o menor número de papeis, com a redução dos carimbos e a significativa documentação e suas respectivas cópias autenticadas.
O secretário de Desburocratização, Caio de Andrade, andou prometendo que a abertura de uma empresa se dará no menor espaço de tempo possível, com tudo sendo resolvido em um só lugar. “Vamos colocar o Brasil no caminho das melhores práticas internacionais para a abertura de negócios”, prometeu o secretário.
Essa burocracia que o governo quer eliminar coloca o Brasil entre os países onde mais se perde tempo e dinheiro para se criar uma empresa. Com o Balcão Único o governo promete que tudo será feito no mesmo lugar, com preenchimento de um formulário eletrônico único, que vai estar disponível na internet.
Quem sabe, quando o projeto estiver funcionando, valha a pena repetir padre Antonio Vieira: “só existimos nos dias em que fazemos”.
Pense nisso!