No país do fura-filas o SUS (Sistema Único de Saúde) se deu conta de que boa parte dos brasileiros não tem acesso a informações básicas, incluindo uma linha de telefone - mesmo que pré-pago - e não está conseguindo se conectar com mais de 1,5 milhão de pessoas que receberam a primeira dose da vacina, mas não compareceram aos postos de saúde para completar a imunização com a segunda dose.
Em muitos casos, os postos de vacinação improvisados não tinham infraestrutura sequer para registrar o nome do paciente. É que boa parte das vacinas foi aplicada por agentes montados no lombo de um cavalo, no sertão nordestino; na canoa ou na pequena barcaça, nas comunidades ribeirinhas da região Amazônica; ou postos improvisados, nas tributos indígenas.
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O Ministério da Saúde estuda lançar uma campanha convocando quem não compareceu para tomar a segunda dose e vai usar os meios de comunicação para alertar quem não concluiu todo o processo, tomando duas doses da vacina.
Mas é bom dizer que assim como a estrutura do governo - em muitos casos - deixa a desejar, também os familiares são responsáveis por levar esse um milhão e meio de brasileiros de volta aos postos, e por vezes até esquecem.
Dê uma olhada no cartão de vacina de um parente seu, de um amigo idoso. Verifique se não está na hora dele voltar para tomar a segunda dose. É que a gente sabe que muitos não têm um número de WhatsApp para receber uma mensagem, mas o que é mais doloroso é que alguns até têm um parente, um aderente, só que nessas horas, estão esquecidos, precisando tomar a segunda dose.
Pense nisso!