Foi acertada a decisão dos governadores de tentar mais uma vez o diálogo com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido)? Para uns, não. O governador de São Paulo, João Dória (PSDB), diz que o presidente não gosta do diálogo. “Aliás, ele já demonstrou isso. Há mais de dois anos que ele não reúne os governadores. O único encontro em que ele [Bolsonaro] esteve presente foi em uma reunião convocada pelos governadores, e não por ele”, lembra.
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Mais ponderado, Ibaneis Rocha (MDB-DF) destaca a necessidade da persistência, “como diz o ditado popular: ‘água mole em pedra dura tanto bate até que fura’”. Para o governador do Distrito Federal, "Todos têm ideias muito boas, todos querem ajudar o Brasil. Acho que o momento que o país passa é um momento muito ruim. Quando aparece alguém que quer fornecer ponte nesse momento, em vez de implodir as pontes, pode ser uma saída para restabelecer o ambiente”.
Minha opinião é que os governadores devem confiar desconfiando do presidente. Devem confiar que se houver uma pressão dos 27 chefes dos Executivos estaduais, mesmo que não ceda, mas Bolsonaro tende a ser mais contido. Até porque todos sabemos que o presidente é espaçoso nos diálogos, e que tem evitado seguir a liturgia do cargo. Mas também sabe que não vai tirar nenhum proveito da situação se continuar isolado.
Por sorte, os governadores criaram juízo e evitaram aquelas notas de repúdio que não têm nenhuma serventia. Não causam nenhum efeito.
Pense nisso!