Os bastidores da política nacional, com Romoaldo de Souza

Política em Brasília

Por Romoaldo de Souza
Opinião

General Paulo Sérgio fez um alerta 13 dias antes dos protestos que apoiadores de Bolsonaro pretendem fazer

Discurso do comandante do Exército deixou claro que as Forças Armadas não estão para dar sustentação à sanha autoritária do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido)

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Romoaldo de Souza

Publicado em 26/08/2021 às 7:05
General Paulo Sérgio fez um alerta 13 dias antes dos protestos que apoiadores do presidente Bolsonaro pretendem fazer contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. - Marcelo Camargo/Agência Brasil

O discurso ponderado do comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira Campos, pode até não colocar um ponto final nesse clima de constantes ameaças, mas deixou claro que as Forças Armadas não estão para dar sustentação à sanha autoritária do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).

“Assumimos o compromisso com os valores mais nobres da Pátria e com a sociedade brasileira em seus anseios de tranquilidade, estabilidade e desenvolvimento”. O general disse ainda que “a defesa da Pátria e a garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem são, portanto, o farol que orienta o contínuo preparo e o emprego da Força Terrestre”.

O ditado popular que diz “A bom entendedor meia palavra basta” cai como uma luva no momento em que ex-ministros da Justiça e da Defesa, alguns ex-presidentes da República se juntam para tentar apaziguar os ânimos, fazer a “fervura” das bravatas, dar uma arrefecida.

Ele não precisou dizer com essas palavras, “não contem comigo”, mas o general Paulo Sérgio fez um alerta 13 dias antes dos protestos que apoiadores do presidente Bolsonaro pretendem fazer contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.

E apesar de sempre tão insosso nos pronunciamentos, ontem, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), foi direto e sem arrodeios ao negar o pedido de “impeachment” do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, apresentado pelo presidente Bolsonaro. “Há, também o lado político de uma oportunidade dada para que possamos restabelecer as boas relações entre os Poderes [Executivo, Legislativo e Judiciário]. Quero crer que esta decisão possa constituir um marco de pacificação e união nacional, que tanto pedimos. O Estado democrático de direito exige que só se instaure processo dessa natureza quando exista justa causa. Não é o caso”, e mandou o pedido de “impeachment” para o arquivo.

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