Os bastidores da política nacional, com Romoaldo de Souza

Política em Brasília

Por Romoaldo de Souza
Romoaldo de Souza

Pacheco chega ao PSD se apresentando como político jovem, pacificador, com objetivo de tirar país da polarização

Nesta quarta-feira, por volta das 10h, no museu em memória a Juscelino Kubitschek, no centro de Brasília, o mesmo PSD que deu legenda para que JK disputasse a presidência da República, nos anos 50, agora abre as portas para o presidente do Senado Federal

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Romoaldo de Souza

Publicado em 27/10/2021 às 6:49
Rodrigo Pacheco não tem experiência no Poder Executivo, mas como deputado federal (PMDB) ele foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e como senador, tornou-se presidente do Congresso Nacional - PEDRO CONTIGO/SENADO FEDERAL

Chovia a cântaros, na empoeirada Jataí, no Sudoeste do Estado de Goiás, naquela manhã de 4 de abril de 1955. Passava das 10h, quando Juscelino Kubitschek (1902 — 1976) anunciou que se vencesse as eleições presidenciais, ele faria a transferência da capital federal do Rio de Janeiro para o Planalto Central. Quase ninguém acreditou. Era como se fosse uma promessa de candidato. JK ganhou as eleições e em 21 de abril de 1960 estava inaugurando Brasília.

Nesta quarta-feira, por volta das 10h, no museu em memória a Juscelino Kubitschek, no centro de Brasília, o mesmo PSD que deu legenda para que JK disputasse a presidência da República, nos anos 50, agora abre as portas para o presidente do Senado Federal. Rodrigo Pacheco, senador por Minas Gerais, a terra de Juscelino, dá início à campanha pelo Palácio do Planalto, se apresentando como um político jovem, pacificador, preocupado com o diálogo e com o objetivo de tirar o país da polaridade de Jair Bolsonaro (sem partido) contra Lula (PT).

“É simbólico recebermos hoje, o companheiro Rodrigo Pacheco. O que há de mais alinhado com a democracia, com a serenidade. O senador é um pacificador”, prega o deputado federal André de Paula (PSD-PE).

Diferente de JK, que foi prefeito de Belo Horizonte e governador de Minas Gerais, Rodrigo Pacheco não tem experiência no Poder Executivo, mas como deputado federal (PMDB) ele foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e como senador, tornou-se presidente do Congresso Nacional.

Que a candidatura de Pacheco sirva pelo menos para abrandar a ira da polarização em que a política brasileira está falsamente metida.

Pense nisso!

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