A quem interessa a federação de partidos? Para o presidente Nacional do PSDB, Bruno Araujo, “juntar os tucanos com o MDB, o Cidadania e outras legendas que estão participando da discussão, é como se fosse formar uma terceira via um pouco mais robusta”.
O que está se desenhando no cenário político dos próximos dias - lembrando que estamos a menos de oito meses das eleições - a tão esperada terceira via, que poderia vir para se contrapor à polarização de Jair Bolsonaro (PL) com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda não decolou e, usando uma linguagem da aviação, parece que vai ficar na pista sem nem taxiar. Sem sair do estacionamento.
Mas, voltando aos possíveis benefícios da federação de partidos. Com o Fundo Partidário cada vez mais robusto e os recursos do Fundo Eleitoral disponíveis para serem “torrados” ao bel-prazer dos dirigentes partidários, formar uma bancada robusta na Câmara dos Deputados é o sonho de consumo de todas as possíveis federações e dos partidos políticos. É a quantidade de deputados federais que uma legenda [ou a federação] eleger que vai definir o tamanho do caixa do partido e o tempo na propaganda no rádio e na televisão. É uma inteligente escolha.
Com o fim das coligações proporcionais, a federação de partidos é um jeito inteligente para evitar o desaparecimento das pequenas e raquíticas organizações partidárias.
Pense nisso!