Sabe aquele agente de saúde que vai de casa em casa, revirando vasinho de planta, recomendando jogar fora aquele amontado de garrafas que só servem para hospedar o Aedes aegypt, também chamado de mosquito da dengue?
Você certamente vai se lembrar ter recibo ao menos uma vez a visita de um agente comunitário de saúde, principalmente no combate às endemias e agora, mais recentemente, no enfrentamento da pandemia da covid-19.
Esses importantíssimos profissionais de saúde são agora a fonte de discórdia de prefeitos e o Congresso Nacional.
Ontem, a Câmara dos Deputados aprovou uma medida que vai alterar a Constituição Federal e criar o piso salarial dos agentes comunitários de saúde, bem como dos agentes de combate às endemias. Todas as bancadas - exceto do partido Novo - orientaram a favor da medida, mas a questão que precisa ser respondida é por que essa proposta coloca deputados e senadores em confronto com os prefeitos?
A entidade que representa os gestores municipais [Confederação Nacional de Municípios - CNM] argumenta que o Congresso “é ágil em criar despesas, mas se esquece que as prefeituras não têm uma máquina de fazer dinheiro. De onde tirar, então?”, questiona a CNM.
Acontece que por mais importantes que sejam os agentes comunitários de saúde - e são -, deputados federais e senadores precisam colocar em campo a campanha eleitoral que se avizinha, e o País conta hoje com mais 300 mil desses profissionais. É um bom e qualificado quadro eleitoral.
Pense nisso!