Os bastidores da política nacional, com Romoaldo de Souza

Política em Brasília

Por Romoaldo de Souza
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MDB, PSDB e Cidadania ganham tempo enquanto quebram resistências de aliados de Doria à candidatura de Tebet

Senadora do MDB do Mato Grosso do Sul deve ser anunciada, nas próximas horas, como candidata única à Presidência pela frente que reúne os três partidos

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Romoaldo de Souza

Publicado em 19/05/2022 às 7:23 | Atualizado em 19/05/2022 às 7:28
Simone Tebet deve ser a candidata à Presidência pela frente que reúne MDB, PSDB e Cidadania - Simone Tebet é a presidente da CCJ (Foto: Leo Motta/JC Imagem)

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) deve ser anunciada, nas próximas horas, como a candidata única à Presidência da República pela frente que reúne o MDB, o PSDB e o Cidadania. A decisão foi tomada após a conclusão de uma pesquisa que mede não apenas a quantidade dos votos, mas a qualidade desses apoios a uma determinada candidatura.

As três legendas analisaram o resultado da pesquisa e chegaram à conclusão de que Simone Tebet reúne mais condições de agregar apoios e votos do que o candidato João Dória (PSDB-SP). Especialistas apontam que se a pesquisa levasse em consideração apenas o quesito quantitativo, o ex-governador paulista teria mais votos que a senadora sul-mato-grossense. Ainda pela pesquisa, Dória é mais conhecido que Simone Tebet. Por isso mesmo, o pré-candidato tucano tem maior índice de rejeição.

Então, você pode perguntar: por que Simone Tebet ainda não foi anunciada como candidata, oficialmente, pelos três partidos? Simples. Baleia Rossi (MDB), Bruno Araújo (PSDB) e Roberto Freire (Cidadania) estão ganhando tempo, enquanto quebram resistências principalmente de aliados do ex-governador João Dória.

Em novembro de 2021, o PSDB realizou as prévias partidárias e o então governador paulista, João Dória, ficou com 53,99% dos votos. Em segundo lugar, apareceu o então governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, com 44,66%. O ex-prefeito de Manaus (AM) Arthur Virgílio obteve 1,35%, mas Dória nunca deslanchou nas pesquisas de opinião e por isso teve o nome rifado até mesmo dentro do próprio partido.

Como no imaginário popular, alguém precisa colocar o chocalho no rabo do gato. Resta saber quem vai ter a missão de dizer a Dória que ele não terá o apoio do partido.

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