Caso Mirella: Justiça recebe denúncia e acusado de assassinar fisioterapeuta vira réu

Publicado em 25/04/2017 às 15:18
Foto: Comerciante acusado de assassinar fisioterapeuta negou crime à polícia. Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem


Comerciante acusado de assassinar Tássia Mirella negou crime à polícia. Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem O comerciante Edvan Luiz da Silva, 32 anos, apontado pela polícia como o autor do estupro e do assassinato da fisioterapeuta Tássia Mirella Sena de Araújo, 28, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, irá para o banco dos réus. Na tarde desta terça-feira (25), a Justiça recebeu denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) contra ele. Edvan, que está preso no Presídio de Igarassu, terá dez dias para apresentar a defesa. Após isso, a Justiça deve marcar as audiências de instrução e julgamento para dar sequência ao caso. O processo está na Terceira Vara do Tribunal de Júri da Capital. O Ronda JC teve acesso à decisão do juiz Pedro Odilon de Alencar. O magistrado destacou que "os fatos narrados na denúncia constituem crime doloso contra a vida conexo com o delito contra a liberdade sexual". Odilon solicitou ainda algumas provas, já colhidas pela polícia, para que sejam anexadas ao processo, entre elas filmagens das câmeras de segurança do Edifício Golden Shopping, onde a vítima foi assassinada pelo vizinho, e também os laudos periciais. O magistrado também determinou que o acusado permaneça preso. Edvan Luiz da Silva foi, no último dia 12, indiciado por estupro e por homicídio triplamente qualificado (assegurar a ocultação de outro crime, sem possibilidade de defesa da vítima e feminicídio). Na denúncia, o Ministério Público acrescentou outra qualificadora: emprego de meio cruel. Portanto, Edvan responderá por homicídio quadruplamente qualificado. Apesar de negar o crime, segundo a polícia, provas materiais, como o DNA do comerciante encontrado nas unhas da vítima, comprovaram a responsabilidade dele. Entre as provas, apontadas em um laudo confeccionado por um médico legista do Instituto de Medicina Legal (IML), foram identificadas lesões espalhadas pelo corpo do suspeito, o comerciante Edvan Luiz da Silva, 32. As marcas demonstram que houve luta corporal entre vítima e assassino. A fisioterapeuta tentou se defender, resistiu até o fim, para não ser abusada sexualmente. Edvan está preso numa cela isolada no Presídio de Igarassu. Antes, por quatro dias, o suspeito permaneceu no Cotel, após a Justiça decretar a prisão preventiva dele (Leia o que disse a juíza sobre o caso). Esposa do suspeito investigada Apesar de o inquérito sobre o assassinato de Tássia Mirella ter sido concluído, o delegado Francisco Océlio continua as investigações sobre o caso. Isso porque ele está investigando contradições no depoimento da esposa de Edvan Luiz da Silva. A polícia suspeita que ela pode ter ocultado provas, entre elas a faca supostamente usada para matar a fisioterapeuta. A informação foi antecipada nessa quarta-feira (12) pela TV Jornal e pelo Ronda JC. Segundo o delegado, a mulher teria entrado no apartamento onde morava com o comerciante, horas após o crime, sem autorização da polícia. O apartamento estava interditado porque iria, à noite, passar por uma perícia detalhada."O apartamento estava interditado para preservação de vestígios. Somente depois de uma varredura, à noite, seria liberado. Nesse período, ela entrou, o que nos leva a acreditar que ela pode ter pego a arma (faca) e escondido", disse Océlio. A defesa negou que a esposa do suspeito tenha retirado qualquer objeto do apartamento antes da perícia. A fisioterapeuta Tássia Mirella foi assassinada em flat no bairro de Boa Viagem. Para a polícia, crime foi premeditado. Foto: TV Jornal/Reprodução Leia Também:  Quase 500 estupros registrados neste ano em Pernambuco "Se aproveitou da condição de vizinho para cometer crime bárbaro", afirma juíza que decretou a prisão do comerciante Suspeito de matar fisioterapeuta é transferido de presídio        
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