Delegacia de Toritama pode mudar de endereço por conta dos problemas estruturais. Foto: TV Jornal/Reprodução
O Ministério Público de Pernambuco recomendou à Secretaria de Defesa Social e à Polícia Civil providências para resolver os problemas estruturais do imóvel onde funciona a Delegacia de Toritama, no Agreste. De acordo com denúncia do Sindicato dos Policiais Civis, graves irregularidades, como vazamentos e rachaduras, foram identificadas durante uma fiscalização. A categoria chegou, inclusive, a pedir a interdição da unidade.
A promotora de Justiça Danielle de Carvalho Clementino deu um prazo máximo de 60 dias para a solução dos problemas na delegacia. Segundo ela, a recomendação já foi recebida e a Polícia Civil está procurando uma nova sede para a Delegacia de Toritama. “A representação descrevia uma situação inadequada, que se refletia em dificuldades para os policiais civis exercerem seu trabalho e em prejuízo para o atendimento à população”, afirmou.
O principal motivo de preocupação é a existência de vazamentos e rachaduras no primeiro andar do imóvel. Na vistoria, também foram constatadas infiltrações, instalações velhas e improvisadas, acúmulo de itens apreendidos (como motos) em local inadequado, inviabilizando a movimentação dos policiais, alojamento dos agentes em área não reservada e falta de alojamento feminino.
“O direito à segurança é prerrogativa constitucional indisponível, garantido mediante a implementação de políticas públicas, o que impõe ao Estado obrigação de criar condições objetivas que possibilitem o acesso a tal serviço”, disse a promotora.
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