Após quatro anos, Canibais de Garanhuns vão a júri popular novamente

Publicado em 06/02/2018 às 9:00
Foto: NE10


Trio é acusado de assassinatos, esquartejamento, canibalismo e ocultação de cadáver. Crédito: Ascom TJPE A justiça definiu a data do novo júri popular para o trio que ficou conhecido mundialmente como os "Canibais de Garanhuns". Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira da Silva vão sentar no banco dos réus em 26 de abril deste ano. Eles serão julgados por dois assassinatos praticados em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. Essa é a segunda vez em que o trio irá a júri popular. Agora, serão julgados pelas mortes de Alexandra Falcão, 20 anos, e Giselly Helena, 31. Os crimes aconteceram há quase quatro anos. Segundo as investigações, ambas foram atraídas com promessas de emprego de babá e chegaram a morar com os réus. Elas foram assassinadas a facadas, depois tiveram os corpos esquartejados. O trio ainda confirmou que praticava canibalismo. Em depoimento à polícia, gravado e disponível na internet, Isabel ainda disse que os restos mortais teriam sido usados em salgados, como coxinhas e empadas, vendidos na cidade. Vítimas dos canibais foram atraídas com promessas de emprego Os três estão sendo julgados por homicídio triplamente qualificado, ocultação e vilipêndio a cadáver. A sessão será presidida, a partir das 8h, pela juíza Pollyanna Maria Barbosa Pirauá Cotrim, da 1ª Vara Criminal de Garanhuns. Em 2014, Jorge, Bruna e Isabel foram condenados pela primeira vez pelo homicídio quadruplamente qualificado da Jéssica Camila da Silva Pereira, de 17 anos, em Olinda. Essa teria sido a primeira vítima do trio. Jorge, considerado o mentor dos crimes, pegou a maior pena: 23 anos de reclusão. Isabel e Bruna pegaram 20 anos de prisão cada uma. Em depoimentos, os acusados alegaram que os crimes faziam parte da proposta de uma seita chamada Cartel, que tinha por objetivo diminuir a densidade demográfica. Para isso, deveriam exterminar mulheres que tivessem filhos, mas sem condições de criá-los. A seita foi criada por Jorge. Os Canibais de Garanhuns foram presos em 2012, após a polícia descobrir que eles estavam usando os cartões de crédito de uma das vítimas. Quando chegaram à casa deles, uma criança - filha de Jéssica - apontou para o quintal e disse que ali estavam os corpos das vítimas. Atualmente, Jorge Negromonte está preso na Penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá. Bruna Cristina e Izabel Pires estão presas na Colônia Penal Feminina de Buíque. LEIA TAMBÉM Há dois anos no STJ, pedido de novo júri para o Caso Serrambi segue indefinido Caso Itambé: PMs pedem absolvição em processo. Justiça nega Acusado de assassinar a estudante Remís Costa vira réu
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