Cronologia relembra detalhes das investigações do Caso Serrambi

Publicado em 18/12/2018 às 13:26
Foto: Adolescentes de classe média alta foram encontradas mortas em 2003. Ninguém foi condenado pelos crimes. Foto: Arquivo Pessoal


Adolescentes de classe média alta foram encontradas mortas em 2003. Ninguém foi condenado pelos crimes. Foto: Arquivo Pessoal Cercado por questionamentos da polícia, Justiça e da sociedade, o Caso Serrambi foi enterrado sem punição aos culpados pelo assassinato das  adolescentes Maria Eduarda Dourado e Tarsila Gusmão. O Ronda JC publicou em primeira mão que o processo transitou em julgado e não cabe mais recurso, ou seja, os irmãos kombeiros Marcelo José de Lira, 49, e Valfrido Lira da Silva, 50, absolvidos em júri popular, foram definitivamente inocentados.   Relembre, a seguir, os detalhes do caso:    03 DE MAIO DE 2003 As adolescentes saem de Serrambi, onde estavam hospedadas na casa de um amigo, para um passeio de lancha até Maracaípe. Os amigos que estavam na embarcação voltam e elas ficam na praia. 13 DE MAIO DE 2003 Após dez dias do desaparecimento, o pai de Tarsila, José Vieira, encontra os corpos das adolescentes num canavial em Camela, distrito de Ipojuca. 18 DE MAIO DE 2003 O Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil prende os irmãos Marcelo e Valfrido Lira. 16 DE JUNHO DE 2003 Os irmãos kombeiros são indiciados pelo crime. 20 DE JUNHO DE 2003 O então promotor de Ipojuca, Miguel Sales, devolve o inquérito à polícia e alega que alguns pontos não haviam sido esclarecidos. 18 DE JULHO de 2003 A Polícia Civil entrega o inquérito com as novas diligências. Três dias depois, os kombeiros são liberados porque expira o prazo de prisão temporária. 19 DE AGOSTO DE 2003 A polícia descarta a possibilidade de corrupção de menores e uso de drogas na casa de praia onde as vítimas estavam. 13 DE DEZEMBRO DE 2004 A pedido do Ministério Público e da SDS, a Polícia Federal assume as investigações do duplo homicídio. 16 DE JUNHO DE 2005 A Polícia Federal conclui o inquérito e chega ao mesmo resultado da Civil. Os irmãos kombeiros são indiciados. DEZEMBRO DE 2006 Após o promotor pedir novas diligências, a Polícia Federal conclui o caso novamente. 17 DE JANEIRO DE 2007 Miguel Sales devolve o inquérito mais uma vez. O caso volta para a Polícia Civil e dois novos delegados assumem as investigações. 02 DE JANEIRO DE 2008 A Procuradoria-Geral de Justiça designa dois promotores para analisarem o inquérito. Duas semanas depois, o MPPE oferece denúncia contra os kombeiros. 17 DE JANEIRO DE 2008 A polícia prende Marcelo. Valfrido foge, mas se entrega no outro dia. O promotor Miguel Sales é afastado do caso. 22 DE JANEIRO DE 2010 A Justiça marca a data do júri popular dos kombeiros. 04 DE SETEMBRO DE 2010 Após cinco dias de júri, os jurados decidem, por quatro votos a três, que os kombeiros são inocentes. 10 DE MARÇO DE 2015 A 1ª Câmara Criminal do TJPE nega recurso especial que pede a anulação do júri. Caso segue para o STJ. 10 DE AGOSTO DE 2018 O ministro do STJ, Reynaldo Soares da Fonseca, monocraticamente, nega o recurso especial que pede a anulação do júri 10 DE SETEMBRO DE 2018 A Quinta Turma do STJ, de forma colegiada, também nega o agravo instrumental
TAGS
kombeiros Tarcila Gusmão maria eduarda dourado
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory