Motoristas denunciam extorsões praticadas por flanelinhas. Foto: JC Imagem/Arquivo
Os flanelinhas estão por toda parte. Na esquina do trabalho, ao redor dos bares ou bem perto de algum evento. Mas é no Recife Antigo, um dos principais pontos turísticos da cidade, onde há maior concentração deles. E isso é um problema para a maioria dos motoristas. Há quatro anos, pressionada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), a Prefeitura do Recife realizou um cadastro dos flanelinhas. A promessa era de monitorar o trabalho nas ruas e impedir excessos, como as frequentes extorsões denunciadas pelos condutores. O tempo passou, mas não houve solução.
Ao contrário. Quem estaciona no Recife Antigo sofre com a pressão dos guardadores de carros. Eles cobram dinheiro antecipado, insistem e até ameaçam os motoristas. Nos fins de semana, o valores cobrados podem chegar a R$ 10. E cadê a fiscalização? A Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) alega que não cabe ao órgão inibir a ação dos flanelinhas. Já a Polícia Militar pede que as vítimas de extorsão denunciem. Mas difícil, difícil mesmo, é encontrar militares no momento em que mais se precisa.
Quatro anos depois, também é difícil encontrar os flanelinhas com o crachá entregue pela prefeitura. Aliás, houve recadastramento ao longo dos anos? Como está sendo esse acompanhamento do trabalho dos guardadores de carros? São respostas que, até hoje, não foram dadas pelo Poder Municipal. Enquanto isso, os motoristas/cidadãos continuam à espera de uma solução para não serem obrigados a dar dinheiro ou, caso contrário, ter os seus carros vandalizados.
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