Criado há 13 anos, o programa de segurança pública Pacto pela Vida previa a criação de uma delegacia para combater o racismo em Pernambuco. Mas, até hoje, a promessa da unidade especializada não saiu do papel. E nem há mais expectativa para isso.
Nesta semana, a luta pelo combate ao racismo voltou a ser destaque mundial, após um segurança negro de 46 anos ser rendido e morto por um policial nos Estados Unidos. Olhando para o cenário local, as vítimas negras e pardas representam 95% dos homicídios registrados em Pernambuco, segundo estatísticas da Secretaria de Defesa Social (SDS).
Nas diretrizes do Pacto pela Vida, a Delegacia Antidiscriminação, como foi denominada, teria por finalidade a "prevenção e repressão à discriminação ou preconceito social, de raça, cor, crença religiosa, idade, deficiência, convicção filosófica ou política, ideologia, sexo ou opção sexual, etnia ou procedência nacional ou regional". A delegacia deveria ter sido implementada ainda em 2007.
Fica registrada a cobrança. E a coluna Ronda JC faz um apelo ao Governo do Estado para que coloque o assunto em pauta e, em um breve espaço de tempo, possa inaugurar uma delegacia para combater os crimes raciais.
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