O acidente que escalpelou a jovem Débora Dantas, aos 19 anos, em uma pista de kart no estacionamento do então supermercado Walmart, agora Grupo Big, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, já tem mais de um ano. Apesar disso, a Polícia Civil de Pernambuco ainda não conseguiu concluir as investigações e o caso permanece sem respostas.
No dia do acidente, em 11 de agosto do ano passado, Débora e o namorado, Eduardo Tumajan, tinham ido ao local pela primeira vez, para se divertir, e usavam todos os equipamentos de segurança. O casal pagou R$ 100 para dar 22 voltas na pista. Entretanto, na segunda volta, o cabelo de Débora saiu do capacete e ficou preso ao motor do kart, que estava sem proteção, arrancando o couro cabeludo dela.
Os familiares relataram, na época, que, após o acidente, o couro cabeludo dela foi colocado em uma sacola plástica e entregue ao namorado da jovem, que a levou para o Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, na área Central do Recife. No HR, Débora passou pela primeira das cirurgias. Cerca de sete dias após o acidente, ela foi transferida para o Hospital Especializado de Ribeirão Preto (Herp), no interior de São Paulo, onde passou por outros procedimentos e deu continuidade ao tratamento.
A investigação está sendo conduzida pelo delegado Alfredo Jorge, titular da Delegacia de Boa Viagem. Ainda faltam interrogatórios para a conclusão do inquérito. Em nota ao JC, a assessoria da Polícia Civil informou que "a delegacia aguarda o retorno de uma Carta Precatória que foi encaminhada ao Estado de São Paulo com a finalidade de realizar os interrogatórios dos responsáveis da Empresa do kart, para a posterior conclusão do Inquérito Policial".
"Minha filosofia de vida é salvar outras vidas", diz Débora Dantas
Em janeiro deste ano, a empresa Adrenalina Kart Racing e a rede de supermercados Big, ex-Walmart, foram atuados em R$ 5 milhões cada pelo Procon Pernambuco, no caso da jovem. De acordo com o órgão, esta foi a maior multa já aplicada pelo Procon do Estado.