Notícias sobre segurança pública em Pernambuco, por Raphael Guerra

Segurança

Por Raphael Guerra e equipe
INVESTIGAÇÃO

Sem solução, Caso Beatriz perde reforço de força-tarefa do Ministério Público

Assassinato da criança numa escola particular em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, continua sem solução há mais de cinco anos

Cadastrado por

Raphael Guerra

Publicado em 19/05/2021 às 6:30
Beatriz Mota foi morta a facadas em 10 de dezembro de 2015 - ARQUIVO PESSOAL

Há mais de cinco anos, o assassinato de Beatriz Angélica Mota, 7, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, permanece impune e sem qualquer esclarecimento quanto à autoria e motivação. E o crime, a cada dia, parece mais distante de ser solucionado. Em meio às dificuldades do desfecho, a força-tarefa formada por promotores de Justiça - criada em junho de 2016 para ajudar no caso - já não existe mais. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) confirmou à coluna Ronda JC que apenas um promotor está acompanhando as investigações. 

Beatriz foi morta a facadas durante uma festa de formatura no colégio onde estudava, em 10 de dezembro de 2015. Apesar de o local estar bem movimentado, ninguém teria visto o momento do crime. E câmeras de segurança da instituição também não teriam flagrado o momento em que ela foi vítima de dezenas de facadas pelo corpo.

Quatro delegados já presidiram o inquérito, mas não conseguiram desvendar o mistério que cerca o crime. Desde março de 2020, os delegados Isabella Cabral Fonseca Pessoa e João Leonardo Freire - com colaboração de outros dois - investigam o caso. 

"O referido inquérito policial está sob segredo de Justiça e ainda se encontra em aberto. O caso vem sendo acompanhado atualmente pelo 7 º Promotor de Justiça Criminal de Petrolina, Érico de Oliveira Santos, que aguarda, ainda, o resultado da conclusão da investigação", informa nota do MPPE.

Já a Polícia Civil, que também se pronunciou por nota, diz que constituiu uma força-tarefa de delegados. "No último mês de abril, três integrantes da Força-tarefa estiveram reunidos com a mãe e o pai da vítima. O trâmite do Inquérito Policial segue sob segredo de justiça, razão pela qual não está autorizada a divulgação do trabalho que vem sendo executado."

Nos últimos anos, os pais de Beatriz pediram insistentemente para que a Polícia Federal assumisse as investigações, o que não ocorreu. Já nos últimos meses, clamam para que a Secretaria de Defesa Social (SDS) autorize a cooperação de uma instituição norte-americana no caso - a Criminal Investigations Training Group. Mas até agora não houve resposta. 

SUSPEITO?

Em 2017, a Polícia Civil chegou a divulgar a imagem de um suspeito que possivelmente entrou no colégio durante a festa. Uma câmera flagrou o rapaz do lado de fora, mas nenhuma imagem do lado de dentro teria registrado a dinâmica do crime. A imagem do suspeito, vale destacar, era pouco nítida. Apesar da divulgação, a Polícia Civil ainda não teria descoberto a identidade do homem para esclarecer o crime.

Testemunhas contaram à polícia, na época, que o suspeito teria sido visto tentado se aproximar de outras duas crianças antes de chegar até Beatriz. Mas ninguém, até então, havia desconfiado de nada.

 

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