Com estabilidade alta em todos os indicadores da covid-19 desde março, Pernambuco tem recorde de pacientes internados com sintomas da doença nos leitos de terapia intensiva (UTI) da rede pública estadual. Só nesta terça-feira (11), o painel de dados da pandemia do governo de Pernambuco mostra que estão ocupadas 1.649 vagas de UTI voltadas a pessoas com quadro confirmado ou suspeito da infecção. Esse é o recorte dos serviços vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS), que está com apenas 51 leitos de UTI livres. A taxa de ocupação desse tipo de leito é de 97%.
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Além disso, na rede privada, são 445 vagas de terapia intensiva ocupadas com pacientes que estão com manifestações respiratórias associadas à covid-19. A taxa de ocupação é de 91%. Com isso, Pernambuco tem 2.094 pessoas, com suspeita ou confirmação da doença, que lutam pela sobrevivência em cuidados intensivos. Na última semana, o secretário Estadual de Saúde, André Longo, fez um alerta ao sinalizar a expectativa para este mês. "O momento ainda é muito difícil. O vírus continua entre nós em transmissão comunitária, e precisamos redobrar os cuidados. A situação é preocupante, e maio será um mês difícil, pois historicamente é um período de alta nas ocorrências de doenças respiratórias", frisou, em coletiva de imprensa, o secretário.
Desde o último domingo (9), Pernambuco vem superando, dia após dia, o recorde negativo na média móvel de casos da covid-19. Nesta terça-feira (11), com a confirmação de mais 2.779 testes positivos para a doença, o indicador (média das confirmações dos últimos sete dias) chegou a 2.343. É o maior número desde o início da pandemia. Comparado com o mesmo indicador de 14 dias atrás, o número teve uma alta de 20%. No domingo (9), a média móvel era de 2.156; enquanto que, na segunda-feira (10), de 2.280.
Já em relação à média móvel de mortes pelo novo coronavírus em Pernambuco, a tendência é de queda há três dias. Nesta terça-feira (11), foram confirmados mais 89 óbitos pela doença, ocorridos entre 21 de março de 2021 e 10 de maio de 2021. Dessa maneira, o indicador apontou em 51 uma queda de 26%, em relação ao de duas semanas atrás.