Em entrevista ao canal de TV à cabo CNN Brasil , na tarde desta sábado (22), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), garantiu que o estado ainda não registra transmissão local da nova cepa indiana do coronavírus. Ainda assim, Dino admitiu que é 'uma questão de tempo' para a cepa esteja circulando no País. Segundo ele, sem maior controle sanitário, outros casos facilmente poderão ser registrados em outras regiões.
"Não temos transmissão local até aqui identificada. Lembro que todos os profissionais do hospital (onde o paciente infectado com a cepa indiana foi atendido) estão vacinados. Temos uma situação desafiadora, mas n temos qualquer indício de que além desse paciente tenhamos outra pessoa com a cepa indiana (no Maranhão). Agora, o Brasil é muito grande e não tem controle sanitário em portos e aeroportos. Por isso mesmo acredito que é questão de tempo até que a cepa indiana também esteja circulando no Brasil", afirmou Dino.
Ainda segundo o governador, o primeiro paciente com registro de infecção da cepa indiana foi identificado após o próprio navio onde ele estava embarcado acionar um seguro de saúde para atendimento do paciente no estado do Maranhão.
Ao tomar conhecimento do caso, um hospital privado de São Luis atendeu o paciente e notificou a Anvisa sobre o caso.
"Todas as pessoas que foram ao navio efetuar o atendimento foram testadas e estão em quarentena. Será feita a análise para, caso positivo, identificar se é cepa indiana ou não. A mesma coisa no hospital. Nós estamos acompanhando. É uma situação intermediária. É um risco, que pode nos fazer ter recuo nas medidas preventivas, mas não há qualquer indicador de que isso esteja circulando no território do nosso estado", reforçou o governador.
Estado de saúde
O paciente infectado com a cepa indiana do novo coronavírus internado no Maranhão apresentou uma piora em seu quadro de saúde, neste sábado (22), e precisou ser intubado. Na última quinta-feira (20) a Secretaria de Saúde do Maranhão confirmou o primeiro caso no estado da nova cepa indiana do coronavírus no Brasil.
O homem estava no navio Shandong da Zhi que veio da África do Sul para entregar minério de ferro em São Luís.
Ao todo, o navio tinha 24 tripulantes, e 15 já foram diagnosticados com a doença. Com exceção do paciente intubado em um hospital de São Luis, os demais tripulantes seguem no navio, sendo monitorados por uma equipe da secretaria.
Essa variante, a B.1.617, é mais resistente e com maior risco de transmissão. A cepa também foi encontra em outros 44 países.