Uma doença que evolui silenciosamente e, na maior parte dos casos, só apresenta sintomas em estágio avançado. Essa é uma descrição frequentemente associada à doença renal crônica (DRC), que leva à perda progressiva e, até mesmo, irreversível do funcionamento dos rins.
É possível fazer um teste online (veja mais abaixo nesta matéria), desenvolvido pela Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN), em parceria com a AstraZeneca.
Por ele, a pessoa pode descobrir se faz parte de algum grupo de risco para o desenvolvimento de doenças renais.
O QUE CAUSA A DOENÇA RENAL?
Na plataforma do teste, informações sobre o tema são apresentadas à população, como a relação da doença renal com diabetes e hipertensão, que são as principais causas de doença renal crônica.
Em busca de conscientização, a Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN) e a AstraZeneca aprofundam sobre a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento precoce como forma de combate, aliado à indicação de consulta regular com um profissional de saúde para acompanhamento personalizado.
O teste rápido e preliminar para a população em geral, desenvolvido pela ISN e AstraZeneca, não substitui consulta médica, mas indica fatores de risco para a saúde renal.
Clique aqui para fazer o teste.
DOENÇA RENAL CRÔNICA
No Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia, a estimativa é que mais de 10 milhões de pessoas tenham a doença renal crônica.
Desses, cerca de 148 mil estão em diálise (um processo de substituição de parte das funções dos rins), número que cresceu mais de 100% nos últimos dez anos.
A dificuldade do diagnóstico precoce da doença renal crônica faz com que geralmente a enfermidade só seja identificada quando os rins já estão bastante comprometidos.
Por isso, é fundamental conscientizar a população sobre importância dos rins, formas de prevenção e sobre o rastreamento da doença.
Para garantir o diagnóstico, é importante conversar com um médico para manter o controle renal em dia ao fazer exames como a dosagem de creatinina no sangue e a avaliação da urina.
QUAIS SÃO OS SINAIS DE DOENÇAS RENAIS?
Alguns sinais podem indicar a presença de um problema renal.
São sinais de doenças renais:
- urinar muito ou urinar pouco
- urina escura, com espuma ou com sangue
- inchaço nos olhos, tornozelos e pés, principalmente pela manhã
- fraqueza
- perda do apetite
- falta de ar
- aumento da pressão arterial
- náuseas
- vômitos
Vale frisar que esses sinais podem ser também causados por outras doenças.
Por isso, quem pode dar o diagnóstico é o médico ao fazer os exames específicos, descobrindo, inclusive, em que fase a doença está.
O importante é que as pessoas não procurem saber como está a saúde dos rins apenas quando surgirem sintomas.
Exames simples podem evitar grandes transtornos de saúde e perda da qualidade de vida.
COMO EVITAR DOENÇA RENAL?
Manter hábitos saudáveis, de forma geral, podem ajudar na prevenção de muitas doenças. Com a doença renal crônica, não é diferente. Algumas medidas para serem incorporadas na rotina são:
- Alimentar-se bem, com variedade de legumes, verduras e frutas, diariamente
- Praticar atividades físicas, ao menos o mínimo recomendado pela OMS, que é entre 150 e 300 minutos de atividade física moderada ou de 75 e 150 minutos de atividade física intensa por semana para a população adulta
- Priorizar o consumo de água ao invés de bebidas industrializadas
- Não fumar
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas em excesso
QUAL O TIPO DE TRATAMENTO PARA DOENÇA RENAL?
O tratamento da doença renal crônica deve ser individualizado para cada paciente, com a definição da melhor estratégia terapêutica.
A equipe de saúde, para conduzir o tratamento da melhor forma, considera o estágio da doença, os sintomas e as preferências do paciente (em caso da possibilidade, escolher entre diálise domiciliar ou ambulatorial).
Se houver diagnóstico precoce, o chamado tratamento conservador pode ser adotado, com o objetivo de impedir o avanço da doença.
Um ponto fundamental para essa postergação é a adesão ao tratamento, que envolve seguir a recomendação médica indicada de medicamentos e da incorporação de novos hábitos, como mudanças na alimentação e estilo de vida.
Dessa forma, podem ser evitadas complicações como hiperpotassemia (aumento excessivo da taxa de potássio no sangue), hipertensão, anemia e arritmia.