Ontem, terça-feira (28), a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu nota com modificação nas recomendações para as doses de reforço da vacina contra a Covid-19.
Pesquisadores do Grupo Assessor Estratégico de Especialistas em Vacinas (SAGE) dividiram a população em três níveis de prioridade de acordo com o risco de saúde:
- Alto risco: idosos (mais de 60 anos), imunossupressores e profissionais da saúde.
- Médio risco: adultos (18 a 60 anos) ou adolescentes com comorbidades.
- Baixo risco: crianças e adolescentes.
As notas medidas foram discutidas esta semana, dias 20 e 23 de março, na reunião do SAGE em Genebra.
A nova recomendação da OMS é que apenas o grupo de alto risco deve tomar a dose de reforço contra a Covid-19, e que deverá acontecer em no máximo um ano após a última vacina contra a doença.
É um reflexo de que grande parte da população já está vacinada, foi infectada com a covid-19, ou as duas coisas ao mesmo tempo.Hanna Nohynek, presidente do SAGE.
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Porém, vale salientar que a dose de reforço é segura para todas as idades. A recomendação da OMS leva em conta a relação de custo-efetividade, e a decisão deverá ser tomada pelo governo de cada país.
A cobertura de vacinação ainda é bastante desigual. Por exemplo, 63% da América latina está vacinada, sendo que grande parte dessa porcentagem provém de países com mais recursos financeiros, como o Brasil.
Cada país deve considerar seu contexto específico ao decidir se deve continuar vacinando grupos de baixo risco, como crianças e adolescentes saudáveis, sem comprometer outras imunizações cruciais.Hanna Nohynek, presidente do SAGE.
No Brasil, que adotou recentemente o modelo bivalente, os intervalos entre as doses da vacina para grupos prioritários costumam ser de apenas quatro meses.
Além disso, grande parte da população já teve acesso à terceira dose, incluindo os grupos de baixo risco.