O impasse orçamentário do piso salarial enfermagem é a principal pauta ligada ao processo do reajuste que impede que o novo valor chegue aos contracheques da categoria.
A falta de uma fonte de financiamento sólida que ajude a arcar com as despesas do piso salarial da enfermagem foi justamente o motivo da suspensão da lei em setembro de 2022.
Diante disso, a presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), Márcia Conrado (PT), se pronunciou sobre a situação financeira dos municípios, caso o piso salarial da enfermagem seja efetivado.
PISO SALARIAL ENFERMAGEM: Barroso suspende lei do piso da enfermagem
AMUPE QUESTIONA FONTE DE RECURSOS PARA O PISO SALARIAL ENFERMAGEM:
Além de presedente da Amupe, Márcia Conrado também é prefeita de Serra Talhada e afirmou que mesmo com a aprovação do PLN 5/23 no Congresso Nacional, o pagamento do piso salarial da enfermagem permanece inviável na região.
“Reconhecemos a importância de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Se não fossem eles, enfrentar a pandemia de covid-19 teria sido muito mais difícil. Mas nossa preocupação é grande. De onde vamos tirar o dinheiro?”, indagou
“Não é falta de vontade nem de interesse. A verba é insuficiente [para pagar o piso salarial da enfermagem]. Nossas necessidades aumentam, mas os recursos, não”, acrescenta Conrado.
VEJA VOTAÇÃO DO PLN DO PISO SALARIAL ENFERMAGEM COMPLETA:
IMPACTO FINANCEIRO DO PISO SALARIAL DA ENFERMAGEM:
De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a estimativa é que o piso salarial da enfermagem gere um impacto de R$ 10,5 bilhões só no primeiro ano de funcionamento nos municípios.
“[Além disso], a divisão dos recursos privilegia repasses para governos estaduais (R$ 4 bilhões) em detrimento aos municípios (R$ 3,3 bilhões)”, explica a presidente da Amupe.
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Dessa forma, a Associação defende que ainda não há soluções financeiras sólidas que garantam a aplicação do piso salarial enfermagem na maior parte dos municípios pernambucanos.