A Confederação Nacional de Municípios (CNM) organizou, nesta terça-feira (30), uma reunião em Brasília para discutir o tema do pagamento do piso salarial enfermagem.
Além da presença do presidente da CNM, o encontro focado na pauta do piso salarial da enfermagem também reuniu cerca de mil prefeitos de todo o país.
O valor de R$ 7,3 bilhões, sancionado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) para ser repassado para o piso salarial da enfermagem, foi visto por representantes como ineficaz.
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No decorrer do evento, o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, afirmou que embora reconheça a legitimidade da demanda da categoria, a fonte de recursos para o piso salarial da enfermagem é insuficiente.
De acordo com Ziulkoski, os R$ 7,3 bilhões disponibilizados para financiar o piso salarial da enfermagem não seriam bastantes. Desse montante, apenas R$ 3,3 bilhões seriam destinados às prefeituras.
Um valorzinho, uma porcaria que não paga nem essa metade do restante do ano que tem, e como fica o ano que vem? [...] O governo federal empurra, o município aceita e depois temos que segurar? Não podemos aceitar goela abaixo.Paulo Ziulkoski
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SOLUÇÃO PARA O PISO SALARIAL ENFERMAGEM:
Durante o evento, os participantes defenderam a proposta de aumento de 1,5% no Fundo de Participação dos Municípios como uma medida para viabilizar o pagamento do piso salarial da enfermagem.
Essa alteração no fundo está prevista na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 25/22, porém o texto ainda se encontra em análise na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, aguardando votação.
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) espera que essa elevação no fundo resulte em uma arrecadação adicional de R$ 10,5 bilhões, montante necessário para garantir o pagamento do piso salarial enfermagem de forma sustentável e permanente, segundo Ziulkoski.