Neste Julho Amarelo, mobilização alusiva à conscientização sobre as hepatites virais, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) constatou que os diagnósticos de hepatite A saltaram 56,2% de janeiro a junho em laboratórios privados, em comparação com o mesmo período em 2022.
Até agora, já são 1.567 casos. No primeiro semestre de 2022, foram 1.003 registros.
O total de exames para detectar hepatite A por semestre passou de 382.221 para 463.294. Isso representa um aumento de 21,2%. A taxa de positividade também subiu de 0,26% para 0,34%.
Segundo o coordenador do Comitê de Análises Clínicas da Abramed, Alex Galoro, a forma de transmissão fecal-oral e o relaxamento das restrições contra a covid-19 propiciaram o aumento de casos diagnosticados de hepatite A.
"O isolamento social acabou diminuindo o ciclo de contaminação. Com a retomada das atividades, é mais propício ter uma variação positiva", explica Alex.
A hepatite A é uma infecção causada pelo vírus A da hepatite (HAV), também conhecida como “hepatite infecciosa”.
Na maioria dos casos, a hepatite A é uma doença de caráter benigno; contudo, o curso sintomático e a letalidade aumentam com a idade.
Geralmente, quando presentes, os sintomas são inespecíficos, e podem se manifestar inicialmente com fadiga, mal-estar, febre e dores musculares.
Esses sintomas iniciais podem ser seguidos de sintomas gastrointestinais, como enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia.
A presença de urina escura ocorre antes da fase em que a pessoa pode ficar com a pele e os olhos amarelados (icterícia).
Os sintomas costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção e duram menos de dois meses.
HEPATITE B E HEPATITE C
Já segundo o levantamento da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), os casos de hepatite C registraram leve aumento, de 2%.
No último semestre, 23.951 exames deram positivo para hepatite C, em relação a 23.374 de janeiro a junho de 2022. A taxa de positividade caiu de 1,27% para 1,14%.
O levantamento da Abramed, que reúne laboratórios responsáveis por 60% dos testes da saúde suplementar, mostrou que essa taxa ficou estável para hepatite B. Nessa versão da doença, o número de diagnósticos caiu 1%.