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Saúde e Bem-estar

Por Cinthya Leite e equipe
SAÚDE

Cortisol alto: Quais os perigos? Existem sintomas? Médica explica os cuidados necessários com o hormônio

O cortisol é um hormônio que atua em diversas funções no organismo; mantê-lo equilibrado é importante para a saúde e bem-estar

Cadastrado por

Fernanda Cysneiros

Publicado em 10/11/2023 às 7:25 | Atualizado em 10/11/2023 às 9:07
A médica Renata Carriço (à esq.) tira dúvidas acerca do hormônio cortisol - Cortesia/Freepik

Apesar de ser amplamente conhecido como o "hormônio do estresse", o cortisol atua em outras diversas funções complexas no organismo, sendo também responsável por regular o metabolismo, a resposta inflamatória do corpo e a função imunológica.

Assomasse à questão o efeito importante do hormônio no Sistema Nervoso Central (SNC), a nível da memória, atenção, sono, estado emocional, etc.

O cortisol também está relacionado com a produção de glicose (açúcar) pelo fígado e com o estímulo ao apetite, além de ter um profundo efeito anti-inflamatório e imunossupressor.

Por outro lado, os baixos níveis do hormônio podem estar relacionados com a Doença de Addison, e as altas taxas, com a Síndrome de Cushing.

As informações foram extraídas de um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), de Portugal.

A seguir, a médica Renata Carriço (CRM PE 24112) explica as relações do cortisol com a saúde e o bem-estar.

Cortisol e ciclo circadiano

O cortisol está relacionado ao ciclo circadiano - ritmo em que o organismo realiza funções ao longo do dia. O pico de secreção do hormônio ocorre por volta do acordar e diminui ao início da noite.

A regulação desse ritmo depende de estímulos internos, mas também pode ser afetada por fatores ambientais, como a luz.

A qualidade do sono também influencia os níveis de cortisol. Um dos fatores que mais piora a qualidade do descanso é o ruído durante a noite.

Cortisol: hormônio mil em um

O que é e como atua o hormônio?

Renata: O cortisol é um hormônio secretado pela glândula adrenal, um pequeno órgão localizado acima dos rins, que é extremamente importante para várias funções do organismo.

Ele atua desde o ciclo menstrual à regulação dos níveis de glicose, estresse e insulina. Ou seja, ele age em vários tipos de células e glândulas do corpo, regulando vários tipos de processos do metabolismo corporal.

Qual a relação do estresse com o cortisol?

R: Em pessoas muito estressadas, com altos níveis de ansiedade e nível basal de inflamação corporal, há a tendência de o cortisol se apresentar elevado no organismo. 

O que acontece quando há altos níveis de cortisol?

R: É preciso ter uma boa regulação dos níveis de cortisol. Os níveis baixos também causam doenças, assim como as altas taxas.

O cortisol em níveis elevados tem uma tendência a causar uma inflamação basal corporal. Então, a gente pode ter um desbalanço do controle de produção e utilização da insulina e pode haver uma resistência à insulina, que pode levar a um quadro de diabetes em quem tem predisposição genética.

Além disso, pode haver irregularidades menstruais e uma outra série de problemas. 

Quais os sintomas de cortisol alterado?

R: A alteração do cortisol em si não tem sintomas específicos. Os sinais do corpo fazem referência às repercussões do cortisol nos órgãos em que ele atua.

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Algumas vitaminas podem regular o cortisol?

R: Não. Consumir vitaminas não auxilia na regulação do hormônio.

O que é bom para diminuir o cortisol?

RÉ possível regular o nível de cortisol no organismo através de medidas simples. A primeira seria dormir o tempo necessário para se sentir descansado.

Tem pessoas que dormem cinco, seis ou oito horas para poder ficar bem durante o dia. Além do sono de qualidade, ter uma alimentação balanceada com exercícios físicos faz toda a diferença.

Até a meditação ajuda, assim como fazer caminhadas e sair com amigos. O controle do hormônio vai muito além de medicamentos. Aliás, manter um estilo de vida saudável gera uma manutenção do cortisol ainda melhor.

Fontes:

Oscilações do cortisol na depressão e sono/vigília (Eduardo Marinho Saraiva (Aluno da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP); J. M. Soares Fortunato (Regente de Fisiologia da FMUP) e Cristina Gavina (Regente de Fisiologia da FMUP).

Especialista entrevistado: Médica Renata Carriço (CRM PE 24112) - Clínica Médica.

*É importante consultar um médico especialista para o diagnóstico adequado. Esta matéria tem apenas fins educativos.

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