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Começa a valer nova estratégia de vacinação contra covid-19: veja quem deve tomar o imunizante

Além das crianças, Ministério da Saúde definiu outros grupos prioritários para a vacinação

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Cinthya Leite

Publicado em 02/01/2024 às 14:37 | Atualizado em 02/01/2024 às 19:57
As vacinas atualmente em uso pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) continuam a oferecer proteção contra as formas graves da doença - MYKE SENA/ACERVO MS

A vacinação contra a covid-19 de crianças de 6 meses a menores de 5 anos já faz parte do calendário nacional de vacinação.

O Ministério da Saúde também passa a recomendar uma dose anual ou semestral para grupos prioritários a partir de 5 anos de idade e maior risco de desenvolver formas graves da doença, independentemente do número de doses prévias recebidas.

Neste ano de 2024, também será realizada a vacinação de pessoas a partir de 5 anos (mesmo as não pertencentes aos grupos prioritários) que não foram vacinadas anteriormente ou receberam apenas uma dose. Essas poderão iniciar ou completar o esquema primário, que consiste em duas doses com intervalo mínimo de quatro semanas entre elas.

Para as crianças, a recomendação é aplicar a primeira dose da vacina aos 6 meses de idade, a segunda dose aos 7 meses e terceira dose aos 9 meses.

"A partir de agora, as gestões municipais já podem imunizar suas populações. Reforçamos a importância da busca ativa para vacinação de crianças e daqueles que não finalizaram seus esquemas vacinais, com alguma dose em atraso. Só com a vasta imunização poderemos frear a circulação desse vírus respiratório, que ainda acomete muitas pessoas em todo o País”, informa a superintendente de Imunizações de Pernambuco, Jeane Tavares.

"Essa etapa de vacinação será iniciada com os estoques de imunizantes já presentes nos municípios e com as remessas que serão encaminhadas pelo Ministério da Saúde, seguindo o calendário de rotina", completa Jeane.

Vale frisar que todas as crianças de 6 meses a menores de 5 anos não vacinadas ou com doses em atraso podem completar o esquema de três doses, seguindo o intervalo recomendado de quatro semanas entre a primeira e a segunda doses, e oito semanas entre a segunda e a terceira.

Crianças que já receberam três doses de vacinas contra a covid-19 não precisam de doses adicionais neste momento.

A covid-19 é uma importante causa de infecção respiratória grave e morte em crianças com menos de 5 anos. Em 2023, até novembro, foram registrados 5.310 casos de síndrome respiratória aguda grave (srag) por covid-19 e 135 óbitos nessa faixa etária.

Entre as crianças, as menores de um 1 de idade apresentaram maior incidência e mortalidade de srag por covid-19.

A doença também pode provocar uma condição grave conhecida como síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P). Desde o início da pandemia, foram notificados 2.103 casos de SIM-P no Brasil, com 142 mortes entre crianças.

Crianças de 6 meses a menores de 5 anos, grupos prioritários e pessoas que não completaram o esquema primário são priorizadas neste ano. Vacina é a principal medida de combate ao coronavírus - MYKE SENA/ACERVO MS

O Programa Estadual de Imunizações (PEI-PE) reforça como será a imunização das pessoas pertencentes aos grupos prioritários. Para os indivíduos com 60 anos ou mais, pessoas imunocomprometidas, gestantes e puérperas, o intervalo entre as doses será de seis meses.

Para os demais públicos, o intervalo é anual: pessoas que vivem ou trabalham em instituições de longa permanência, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente ou comorbidades, pessoas privadas de liberdade com 18 anos ou mais, funcionários do sistema de privação de liberdade, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas e população em situação de rua.

Para definir os grupos prioritários, o Ministério da Saúde considerou as recomendações do Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização da Organização Mundial de Saúde (SAGE/OMS), além de indivíduos com maior vulnerabilidade na realidade brasileira.

À medida que ocorram aprovações regulatórias de novas vacinas, as recomendações e os esquemas poderão ser atualizados.

Antes mesmo da aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no dia 19 dezembro, do registro da vacina monovalente atualizada para a variante XBB 1.5, o Ministério da Saúde já havia iniciado o processo de aquisição para 2024, com a previsão de fornecimento das versões mais atualizadas dos imunizantes contra covid-19.

É relevante ressaltar que as vacinas atualmente em uso pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) continuam a oferecer proteção contra as formas graves da doença. Portanto, os grupos aptos a recebê-las não devem adiar a vacinação.

 

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