A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) divulgou, nesta quinta-feira (22), o resultado da análise feita em amostras de água coletadas em trechos da Praia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. O monitoramento ocorre desde a terça-feira (20), quando se começou a circular imagens, em redes sociais, que mostram manchas no mar.
As amostras analisadas, pela CPRH, confirmaram a presença de organismos que provocam o fenômeno da Maré Vermelha - o mesmo que ocorreu, no início deste mês, no município de Tamandaré, no Litoral Sul do Estado.
Na terça-feira (20), as manchas foram observadas em trecho que fica em frente ao número 6688 da Avenida Boa Viagem. A assessoria de comunicação da CPRH explica que, como as manchas se movimentam de acordo com as correntes marítimas, o fenômeno pode já ter se deslocado para outra área. Por isso, é importante a população verificar o odor e a cor da água antes do banho de mar.
"A CPRH informa que, na última terça-feira (20), foi notificada sobre o aparecimento de manchas na água da Praia de Boa Viagem, no Recife. Técnicos da agência foram ao local e recolherem amostras da água para análise laboratorial. Os resultados confirmaram que a mancha é uma floração de dinoflagelados, um grupo diversificado e com espécies potencialmente produtoras de toxinas", diz, em nota, a Agência Estadual de Meio Ambiente.
A reportagem do JC entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) para saber se as unidades chegaram a notificar a vigilância epidemiológica sobre possíveis casos de intoxicação associados ao fenômeno maré vermelha em Boa Viagem. A assessoria de comunicação respondeu que, até o momento, não há registros.
Vale lembrar que, em Tamandaré, mais de 300 pessoas chegaram a apresentar sintomas relacionados à maré vermelha, como cefaleia (dor de cabeça), mal-estar, dor no corpo, náusea, dor abdominal, vômitos, irritação nos olhos, na garganta e nas narinas, assim como manifestações na pele, com contato direto ou indireto com o mar.
A CPRH destaca ainda que continua a realizar as análises na Praia de Boa Viagem para identificar a espécie da alga e "recomenda a população a evitar o banho de mar em locais com água de coloração e odor diferentes".