A persistente hiperglicemia, vinculada ao diabetes, está associada a diversas complicações de saúde, como retinopatia, nefropatia e neuropatia.
A importância da glicose reside em ser a principal fonte de energia do corpo, desempenhando também o papel de reguladora da energia no metabolismo.
No entanto, é crucial que a quantidade de glicose no sangue permaneça dentro de limites específicos para garantir o funcionamento adequado dos processos internos. Tanto o excesso quanto a falta de glicose no sangue podem acarretar sérios problemas de saúde, como veremos adiante.
O que é glicemia?
Se a glicose é a principal fonte de energia para nosso metabolismo, a glicemia representa a concentração de glicose no sangue. Essa concentração deve estar dentro dos valores recomendados, pois níveis elevados ou muito baixos indicam possíveis problemas no organismo, representando um risco significativo.
O exame de glicemia é utilizado para verificar se a quantidade de glicose no sangue está dentro dos limites adequados, tanto em jejum quanto após as refeições.
Exames
Diversos métodos são empregados para medir a glicemia, mas todos têm o mesmo objetivo: avaliar a quantidade de açúcar no sangue. Geralmente, a glicemia é monitorada preventivamente em pessoas com mais de 40 anos. Contudo, em casos de histórico familiar de diabetes ou presença de fatores de risco como obesidade, é aconselhável realizar o exame mais cedo.
Existem três tipos principais de exames de glicemia:
1. Glicemia de Jejum:
- Baixa ou hipoglicemia: igual ou inferior a 70 mg/dL;
- Normal: menor que 1190 mg/dl;
- Alterada: entre 111 e 125 mg/dl;
- Diabetes: superior a 126 mg/dl.
2. Glicemia Pós-Prandial:
- Normal: inferior a 140 mg/dl;
- Intolerância à glicose ou pré-diabetes: entre 140 e 200 mg/dl;
- Diabetes: acima de 200 mg/dl.
3. Hemoglobina Glicada:
- Importante para avaliar o controle do tratamento do diabetes;
- Valores acima de 6,0% podem indicar diabetes.
Outros Exames para a Glicemia
Teste de Tolerância à Glicose (TTG):
- Glicemia normal: menor que 140 mg/dl;
- Pré-diabetes: entre 141 e 199 mg/dl;
- Diabetes: superior a 200 mg/dl.
Glicemia Capilar:
- Utiliza um glicosímetro para análise de uma gota de sangue;
- Valor visualizado em segundos.
Hiperglicemia e sintomas
Hiperglicemia, caracterizada pelo aumento da glicose no sangue, está associada ao diabetes tipo 2. Sintomas incluem sede excessiva, micção frequente, fome intensa, emagrecimento, cansaço, apatia, visão embaçada, pele seca, dificuldade de cicatrização, dor de cabeça e alterações de comportamento.
Causas e riscos da hiperglicemia
Doenças como pré-diabetes, diabetes mellitus e diabetes gestacional, além de fatores como estresse, hipercortisolismo, AVC, pancreatite, infecções, uso de medicamentos e drogas ilícitas, podem causar hiperglicemia. Os riscos incluem microangiopatia, macroangiopatia, retinopatia diabética, nefropatia e neuropatia.
Controle da glicemia
O controle da hiperglicemia pode envolver mudanças no estilo de vida, como prática de atividades físicas, alimentação saudável, abstinência de álcool e tabaco, redução do consumo de açúcar, ingestão regular de hortaliças e legumes, aumento de fibras e estabelecimento de horários para as refeições. Acompanhamento médico é crucial, podendo incluir o uso de medicamentos e ajustes necessários.
Diabetes Tipo 2 e pré-Diabetes
O diabetes tipo 2 ocorre quando o pâncreas não produz insulina em quantidade suficiente para processar o açúcar no corpo. Se os níveis de glicose em jejum estiverem acima de 126 mg/dl, é provável que a pessoa tenha diabetes tipo 2. Valores entre 100 e 125 mg/dl indicam pré-diabetes. O acompanhamento médico é essencial para o gerenciamento adequado dessas condições.
Fonte: Gastorkt