*Por Djalma Agripino, médico, jornalista e mestre em saúde pública
A pesquisadora emérita da Fundação Oswaldo Cruz (Instituto de Pesquisas Aggeu Magalhães - unidade da Fiocruz em Pernambuco) e professora de patologia aposentada da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade de Pernambuco (UPE) Eridan de Medeiros Coutinho faleceu, aos 92 anos, na noite da quinta-feira (21), no Real Hospital Português, no Recife, onde estava internada.
O velório ocorrerá a partir das 14h, desta sexta-feira (22), no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, local onde também haverá, às 18h45, o ritual que antecede à cremação.
Nascida em 7 de agosto de 1931, no Recife, concluiu o curso médico da UFPE em 1954.
Foi pioneira na conquista dos títulos de livre-docente e doutora numa época na qual só homens se destacavam.
Fez especialização em Anatomia Patológica e Patologia da Nutrição na Universidade de Harvard (Boston, Estados Unidos).
Conquistou por concurso a titularidade (antiga cátedra) de Anatomia Patológica (1982 a 1993) da Faculdade de Ciências Médicas, Universidade de Pernambuco. O feito é também pioneiro: foi a primeira mulher a conquistar esse título em medicina em Pernambuco.
No Instituto de Pesquisas Aggeu Magalhães, tornou-se Pesquisadora Titular e Professora/Pesquisadora Emérita da Fundação Osvaldo Cruz/Ministério da Saúde. Além disso, foi diretora da instituição.
Destacou-se na docência e na pesquisa com ênfase em Anatomia Patológica e Patologia da Nutrição, atuando nas áreas: desnutrição e esquistossomose, desnutrição e parasitoses em geral, patologia e imunopatologia da esquistossomose, patologia de doenças tropicais.